Desemprego bate recorde em 20 estados em 2020, segundo IBGE

Foto: Reprodução

Jornal GGN – A taxa de desemprego atingiu níveis recordes em 20 estados do Brasil no ano de 2020, acompanhando a alta da média nacional, que passou de 11,9% em 2019 para 13,5% no ano passado, a maior da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), iniciada em 2012.

Segundo os cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as maiores taxas de desocupação no ano foram vistas em estados do Nordeste e as menores, no Sul do país, muito por conta dos efeitos da pandemia de covid-19 sobre o mercado de trabalho.

As maiores taxas de desocupação ficaram com Bahia (19,8%), Alagoas (18,6%), Sergipe (18,4%) e Rio de Janeiro (17,4%), enquanto as menores com Santa Catarina (6,1%), Rio Grande do Sul (9,1%) e Paraná (9,4%).

Em apenas um ano, a população ocupada reduziu 7,3 milhões de pessoas no país, chegando ao menor número da série anual (86,1 milhões) e, pela primeira vez, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada no país: em 2020, o nível de ocupação foi de 49,4%.

O nível de ocupação ficou abaixo de 50% em 15 estados, sendo todos do Nordeste, cinco do Norte e o Rio de Janeiro. Em Alagoas, apenas 35,9% das pessoas em idade para trabalhar estavam ocupadas. No Rio de Janeiro, apenas 45,4% tinham um trabalho. Já Mato Grosso foi o estado com maior nível de ocupação (58,7%) no ano passado.

De acordo com o IBGE, a queda da ocupação foi disseminada por todos os trabalhadores. A taxa média de informalidade recuou de 41,1% em 2019 para 38,7% em 2020, somando ainda 39,9 milhões de pessoas. Nas regiões, a taxa média nacional de informalidade foi superada em 19 estados, variando de 39,1%, em Goiás, até 59,6% no Pará. Em sete desses estados, a taxa ultrapassou 50% e apenas São Paulo (29,6%), Distrito Federal (28,2%) e Santa Catarina (26,8%) tiveram taxas de informalidade abaixo de 30%.

“A queda da informalidade não está relacionada a mais trabalhadores formais no mercado. Está relacionada ao fato de trabalhadores informais terem perdido sua ocupação ao longo do ano. Com menos trabalhadores informais na composição de ocupados, a taxa de informalidade diminui”, diz a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, ressaltando que os trabalhadores informais foram os primeiros atingidos pelos efeitos da pandemia.

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