Emprego formal tem queda de 0,26% em fevereiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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 Fevereiro tem maior queda do emprego formal em 25 anos

Jornal GGN – O agravamento da crise econômica levou o mercado de trabalho brasileiro a registrar a maior queda no nível do emprego formal em 25 anos. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o país fechou 104.582 postos de trabalho com carteira assinada no mês passado.

O número leva em conta a diferença entre demissões e contratações, e é o maior para fevereiro desde 1992, quando começou a pesquisa. O saldo é resultado de 1,276 milhão de admissões e 1,381 milhão de desligamentos. Os números equivalem a uma variação negativa de 0,26% no estoque de empregos, comparada com o mês anterior. Com essa variação, o estoque em fevereiro segue estável com 39,488 milhões de postos de trabalho. Apenas nos últimos 12 meses, o país eliminou 1,706 milhão de postos de trabalho, o que equivale à diminuição de 4,14% no contingente de empregados com carteira assinada no país.

Os destaques na geração de emprego em fevereiro foram as regiões Sul e Centro-Oeste, com saldo positivo de 8.813 (+0,12) e 4.659 (+0,15), respectivamente.  No Sul, o desempenho favorável ocorreu no Ensino e Indústria da Borracha e Fumo. O comportamento na região Centro-Oeste foi puxado pelo aumento do emprego na Agropecuária. As regiões com desempenho negativo foram o Nordeste (-58.349 postos ou -0,89%), Sudeste (-51.871 postos ou -0,25%) e o Norte (-7.834 postos ou -0,43%).

Segundo os números divulgados, em duas regiões e seis estados, o saldo foi positivo no mês. No Rio Grande do Sul houve a criação de 6.070 postos, uma variação de +0,23%, devido à Indústria da Borracha e Fumo (+3.244), Calçados (+2.574) e Ensino (+1.182). Esse resultado no Rio Grande do Sul foi melhor que o registrado em fevereiro de 2015, quando foram gerados 3.220 postos. Santa Catarina teve saldo positivo de 4.793 postos ou +0,24%, em razão da Administração Pública (+2.628), Indústria Têxtil (+2.234) e Ensino (+1.751). No Mato Grosso a geração de 3.683 (variação de +0,55%) foi puxada pelo bom desempenho da Agropecuária (+2.842).

Nas áreas metropolitanas, ocorreu queda de 0,36% no nível de emprego (-57.780 postos), desempenho oriundo da retração em sete das nove regiões metropolitanas, com destaque para São Paulo (-20.296 postos ou -0,31%), Rio de Janeiro (-15.388 postos ou -0,55%) e Recife (-7.414 postos ou -0,86%).

Dos oito setores de atividade econômica, a Administração Pública apresentou desempenho positivo (+ 8.583 postos ou +0,97%), sendo o saldo superior ao registrado em janeiro de 2016 (-263 postos). O Comércio teve uma perda de 55.520 postos ou -0,61%, sendo o principal setor responsável pelo desempenho negativo do mês, seguido pela Indústria de Transformação (-26.187 postos ou -0,34%) e a Construção Civil (-17.152 ou -0,65%). Neste último setor, a queda foi menor que o mesmo período do ano anterior, quando foram perdidos 25.823 postos de trabalho no mês.

No setor de Serviços houve uma perda de 9.189 postos (-0,05%) e no setor Agropecuário (-3.661 postos ou -0,23%), um saldo negativo menor que o ocorrido em fevereiro de 2015 (-9.471 postos). A Extrativa Mineral, com perda de 390 postos, também evidenciou uma redução na queda do emprego frente ao mesmo mês de 2015, quando o setor perdeu 1.260 empregos.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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