IBGE: média anual de desemprego é a maior da série histórica

Taxa de ocupação em relação ao último trimestre cresce apenas 0,9%, mas em relação ao mesmo período de 2016 se estabiliza e entre 2014 e 2017 taxa anual passa de 6,7 milhões para 13,2 milhões o número de desempregados 
 
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(Foto Agência Brasil)
 
Jornal GGN – A taxa média anual de desempregados passou de 11,5% em 2016 para 12,7% em 2017, a maior da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
 
Em relação ao trimestre, a taxa de desocupação encerrou outubro-dezembro em 11,8%, caindo 0,6% em relação ao trimestre anterior julho-setembro (12,4%). Já, em comparação ao mesmo trimestre de 2016 (12%), houve estabilidade. Em termos de números, a Pnad mostra que o total de pessoas desempregadas passou de 13 milhões entre julho-setembro para 12,3 milhões (menos 650 mil pessoas) entre outubro-dezembro.
 
Vale destacar que nos últimos meses de ano ocorre pico de emprego por razões de sazonalidade. Entre outubro e dezembro de 2016 o IBGE mostra que havia 12,3 milhões de pessoas desocupadas, portanto em relação ao mesmo trimestre do ano passado houve estabilidade.
 
Ao mesmo tempo, ampliando a comparação de 2014 a 2017 a média anual de desempregados passou de 6,7 milhões para 13,2 milhões. 
 
População ocupada e carteira de trabalho
 
Entre o terceiro e quarto trimestre de 2017 a população ocupada aumentou 0,9% para 92,1 milhão, um acrescimento de 811 mil pessoas. Em relação ao mesmo período de 2016, houve alta de 2,0%. Já, em comparação à média anual de 2014 houve queda de 1,6%. 
 
O IBGE aponta que o nível de ocupação foi puxado pela informalidade. O número de empregados com carteira (33,3 milhões), por exemplo, ficou estável em relação ao trimestre anterior (julho-setembro) e recuou 2% (menos 685 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2016. Em comparação com as médias anuais de 2014, o contingente de pessoas com carteira assinada em 2017 diminuiu 3,3 milhões.
 
O número de pessoas sem carteira assinada que estão trabalhando (11,1 milhão) também apresentou estabilidade em outubro-dezembro, em relação a julho-setembro. Mas subiu 5,7%, mais 598 mil pessoas em relação ao mesmo trimestre de 2016. Entre as médias anuais ocorreu aumento de 330 mil pessoas de 2014 a 2017 no trabalho informal. 
 
A Pnad também revela que a categoria de trabalhadores por conta própria (23,2 milhões de pessoas) cresceu 1,3% em comparação com o trimestre anterior (mais 288 mil indivíduos). E, em relação ao mesmo período de 2016, aumentou 4,8%, mais 1,1 milhão de pessoas. Nas médias anuais, em 2012, cerca de 22,8% trabalhavam por conta própria, em 2017, esse contingente passou a representar 25,0% (22,7 milhões). 
 
Redação

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