Indicadores de trabalho da FGV mostram percepção divergente

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Dois indicadores que pesquisam as condições do mercado de trabalho brasileiro apresentaram resultados contraditórios durante o mês de outubro: enquanto a percepção do setor privado teve uma melhora, embora pontual, no mês passado, a da população teve uma piora na mesma magnitude, de acordo com a FGV (Fundação Getulio Vargas).
 
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) registrou um crescimento de 5% durante o mês, chegando a 65,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador continua em queda (-0,3%), mostrando que ainda é cedo para se interpretar como uma inversão de tendência a alta do indicador em outubro.
 
Pelo segundo mês consecutivo, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) apresentou crescimento ao variar 5,4%, em outubro. Com isso, o indicador atingiu 97,6 pontos, o maior nível da série desde março de 2007 (98,1 pontos), que sinaliza o contínuo aumento da taxa de desemprego.
 
Os indicadores que mais contribuíram para a alta do IAEmp em outubro foram os que mensuram o ânimo empresarial para contratação para os próximos três meses, no Setor da Indústria, e a situação atual dos negócios para os próximos seis meses, no Setor de Serviços, com variações de 17,2% e 12,8%, na margem, respectivamente.
 
Assim como ocorreu em setembro, as classes que mais contribuíram para a variação do ICD foram as duas extremas opostas: de um lado, os consumidores com renda até R$ 2.100,00, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou 8,1%; e do outro, a dos que possuem renda superior a R$ 9.600,00, com variação de 6,1%.
 
“A melhora do IAEmp em outubro deve ser interpretada com cuidado, pois não há evidências de uma retomada das contratações, mas, provavelmente, de uma estabilização do emprego para o mês corrente. Já a acentuada alta do ICD reflete a deterioração rápida e contínua do desemprego, puxado principalmente pela piora na percepção do mercado de trabalho de consumidores de famílias pobres e ricas, o que pode indicar elevada dificuldade em se obter uma vaga de trabalho”, afirma Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV/IBRE.
 
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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