Mercado de trabalho reduz 115,5 mil vagas em maio

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Brasil registrou retração de 115.599 empregos com carteira assinada no mês de maio na comparação com abril, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), elaborado pelo Ministério do Trabalho. No período foram admitidos 1,464 milhão de trabalhadores, número inferior às admissões registradas no mesmo mês, que totalizou 1,580 milhão de contratações. O saldo representa queda de 0,28% no número de vagas do mercado de trabalho. Em maio de 2014 o saldo de empregos formais foi positivo, em 58.836 vagas.

No acumulado do ano, o país contabiliza decréscimo de 243.948 vagas. Já no acumulado dos os últimos 12 meses, a retração chega a 452.853 postos de trabalho, o que, segundo o ministério, corresponde a um declínio de 1,09% no contingente total de empregos com carteira assinada do país.

A Agricultura foi o setor que evidenciou desempenho positivo, com a geração de 28.362 vagas. Nos outros setores foram registradas perdas de postos de trabalho, sendo os desempenhos negativos registrados na Indústria da Transformação (-60.989); Serviços (-32.602) e Construção Civil (-29.795).

Entre as regiões, o desempenho positivo ocorreu no Sul, com criação de 45.053 postos de trabalho e no Centro-Oeste, que gerou 25.869 vagas formais. No Nordeste (-152.342), Norte (-33.843) e Sudeste (-128.685), o resultado não respondeu ao esperado para o mês.

Em nota, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, diz esperar que os ajustes produzidos na economia, anunciado pela equipe econômica, retomem o ritmo de crescimento e o país consiga gerar ainda mais empregos. “Nos últimos 12 anos foram criados 21 milhões de postos de trabalho, porém é preciso ajustar a economia para que possamos continuar gerando vagas formais. Somente o FGTS vai aportar esse ano cerca de R$ 70 bilhões, que vai beneficiar, principalmente, o setor da construção civil”, lembrou.

Na avaliação de Dias, mesmo com o enfraquecimento em maio, o Brasil tem motivos para esperar uma melhora no quadro de geração de novas vagas, a partir do segundo semestre. Segundo ele, há setores que planejam investir ainda este ano, o que garantirá a geração de vagas de emprego. “O FGTS já desembolsou R$ 20 bilhões, neste primeiro semestre, para o setor da habitação e saneamento básico. Esse recurso vai ajudar a recuperar os empregos na construção civil, que deve gerar mais de 1 milhão de novos postos ainda em 2015”, comentou.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Seriedade
    Trabalhadores dispensados são a mola propulsora de uma recessão. Esse é um assunto mais sério do que debochar da fraquíssima oposição brasileira. Com a palavra a presidenta e o seu vasto ministério, que está todo empregado.

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