Mercado fecha 2.415 postos de trabalho em fevereiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O número de trabalhadores demitidos em fevereiro superou o de admitidos em 2.415 vagas – o pior resultado para o mês desde fevereiro de 1999, quando foi registrado saldo negativo de 78.030 empregos, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O resultado apurado é decorrente da diferença entre 1,646 milhão de contratações e 1,649 milhão de demissões. Em janeiro deste ano, o saldo negativo foi mais expressivo, chegando a 81.774 postos de trabalho. Em fevereiro de 2014, o saldo foi positivo em 260.823 vagas. No acumulado do ano, os dados do Cadastro demonstra queda de 80.732 postos de trabalho (-0,20%), e, nos últimos doze meses, ocorreu a redução de 47.228 empregos (-0,11%).

Em nota, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que o resultado pode ser considerado satisfatório apesar da queda, uma vez que a redução registrada em janeiro sinalizava que o mês de fevereiro fosse pior. “Fevereiro foi bom, na expectativa de que estabilizou, pois janeiro dizia que seria muito pior. Vamos aguardar o 1º semestre do ano para termos uma expectativa de como será o comportamento do emprego no ano”, avaliou.

Os setores que mais influenciaram a queda do emprego em fevereiro foram o comércio, com diminuição de 30.354 vagas na comparação com o mês anterior, e a construção civil, com queda de 25.823 postos. “Por outro lado, tivemos uma recuperação na área de serviços [52.261 vagas criadas]. No caso do setor de construção civil, os empregos são por prazo determinado e, no fim do ano, tivemos o término de muitos desses contratos. Mas novos orçamentos [destinados aos programas de habitação voltados para a população de baixa renda] vão estimular novas contratações”, acrescentou Dias.

Segundo o ministro, há uma expectativa de melhora da situação de empregos na medida em que os R$ 56,5 bilhões previstos para a construção de casas próprias para a população de baixa renda forem sendo aplicados. “Estimamos que, só com esses investimentos, serão criados 2,5 milhões de empregos ao longo do ano. Já foram [liberados] R$ 8,7 bilhões para a contratação de mais de 99 mil unidades [residenciais] que vão gerar 285 mil novos postos de trabalho. Além disso, está em fase de estudo o acréscimo de R$ 10 bilhões nos investimentos para esse tipo de habitação.”

De acordo com o Caged, a indústria da transformação apresentou saldo positivo de 2.001 vagas,o que, para o ministro do Trabalho, também representa um bom indicativo. Nesse setor, houve dois destaques: a indústria de calçados, com a geração de 5.401 postos de trabalho, e a indústria de produtos alimentícios, com saldo positivo de 2.329 empregos.

Entre os estados, Santa Catarina foi o grande gerador de empregos no mês (12.108 novas vagas), porém as grandes perdas ocorreram no Rio de Janeiro e Pernambuco devido, particularmente, à queda expressiva do Comércio (-6.010 postos) e da Construção Civil (-4.043 postos), no caso do Rio de Janeiro, e da Indústria de Produtos Alimentícios (-5.371 postos) e Construção Civil (-3.040 postos) em Pernambuco.

 

 

(Com Agência Brasil)

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