Mercado fecha 95,6 mil vagas de trabalho em setembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O mercado de trabalho brasileiro mais fechou vagas do que contratou, pelo sexto mês consecutivo. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), elaborado pelo Ministério do Trabalho, mostram que a economia brasileira registrou o fechamento de 95.602 vagas formais de emprego em setembro. O resultado é considerado o pior para o mês desde 1992, quando começou a série histórica. Com o resultado de setembro, o país acumula o fechamento de 657.761 postos em 2015. O resultado é o primeiro negativo para os nove primeiros meses do ano desde o início da série histórica divulgada pelo Ministério do Trabalho, em 2002.

Nos últimos 12 meses até setembro, o país fechou 1,238 milhão de postos de trabalho. Os números dos nove primeiros meses do ano e do acumulado de 12 meses levam em conta a série ajustada, quando o Ministério do Trabalho analisa as declarações enviadas fora do prazo. Nessa modalidade, os saldos de janeiro a agosto são contabilizados com ajuste, mas o mês de setembro ainda está sem ajuste.

A retração no número de empregos formais em setembro fez o número de trabalhadores com carteira assinada recuar. Em setembro de 2014, havia 41,78 milhões de pessoas com emprego formal no país. O total caiu para 41,09 milhões em setembro deste ano.

Os dados revelam queda em todos os setores, com maior redução em Serviços (-33.535 postos ou -0,19%) e Construção Civil (-28.221 postos ou -0,98%). A Indústria de Transformação apresentou uma queda de 10.915 empregos, montante abaixo da média dos últimos seis meses (-51 mil empregos).

De acordo com os dados divulgados, a redução do emprego no setor Serviços (-33.535 postos ou -0,19%) foi proveniente da queda em três dos seis ramos que compõem a categoria, puxada por Comércio e Administração de Imóveis (-19.888 postos de trabalho ou -0,41%), sendo parcialmente coberto pelo saldo positivo em Serviços Médicos e Odontológicos (+5.278 postos) e o Ensino (+880 postos).

O desempenho do setor da Indústria de Transformação (-10.915 postos ou -0,14%) originou-se da queda de dez ramos puxado por Indústria Têxtil (-9.426 postos), Indústria Metalúrgica (-5.460 postos) e Indústria Mecânica (-4.082 postos), enquanto a indústria de Produtos Alimentícios foi o destaque positivo (+25.648 postos).

A Agricultura registrou queda de 3.246 postos de trabalho ou -0,20% em relação ao estoque, decorrente de fatores sazonais, sendo um resultado mais favorável do que o ano passado, quando houve a perda de 8.876 empregos celetistas em setembro, e corresponde ao terceiro melhor resultado da série do Caged. Destaca-se desempenho positivo nos ramos de Cultivo de Cana-de-açúcar (+5.800 postos) e Cultivo de Uva (+1.831 postos). O ramo com maior a queda foi Cultivo de Café (-16.312 postos), principalmente, em Minas Gerais (-13.802 postos).

Na avaliação regional, a região Nordeste obteve saldo positivo e gerou 26.118 postos (+ 0,40%) em função das atividades ligadas ao Complexo Sucroalcooleiro e às atividades de Cultivo de Uva. Nas demais regiões houve queda: Sudeste (-88.204 postos ou -0,41%), Sul (-21.088 postos ou -0,29%), Centro-Oeste (-8.958 postos ou -0,28%) e Norte (-3.470 postos ou – 0,18%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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