País fecha 169,3 mil vagas de trabalho em outubro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O mercado de trabalho brasileiro registrou o fechamento de 169.131 postos de trabalho com carteira assinada no mês de outubro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho. Este foi o sétimo mês seguido de fechamento de vagas formais.

Os dados divulgados representam a menor geração de empregos para o outubro desde 1992, quando a série histórica foi iniciada. O total resulta da diferença entre admissões (1,237 milhão) e demissões de trabalhadores (1,406 milhão).  Com esta diminuição, o estoque de empregos para o mês de outubro de 2015 (40,387 milhões) ocupa a terceira posição no ranking, sendo inferior ao estoque de outubro de 2014 (41,769 milhões) e ao estoque de outubro de 2013 (41,223 milhões).

No ano, foram fechados 818.918 postos de trabalho com carteira assinada, menor resultado para o período desde 2002, início da série histórica, de acordo com dados do Ministério do Trabalho. Nos últimos 12 meses, o Brasil perdeu 1,381 milhão de empregos com carteira assinada.

Em outubro, todos os setores da atividade econômica demitiram mais que contrataram. A maior queda ocorreu na Construção Civil (- 49.830 postos ou -1,74%), devido, em parte, às atividades relacionadas à Construção de Edifícios (-18.055 postos) e Obras de Geração e Distribuição de Energia Elétrica (-7.689 postos). Em sequência, vêm a Indústria de Transformação (- 48.444 postos de trabalho ou -0,61%) e os Serviços (-46.246 postos ou – 0,27%). O setor Comércio apresentou a menor queda desde março de 2015, quando obteve elevação do emprego de 6.070 postos de trabalho.

O desempenho negativo do setor da Indústria de Transformação (-48.444 postos ou -0,61%) originou-se da queda de onze ramos, dentre os doze que compõem o setor, com destaque para: Indústria Têxtil (-10.825 postos), Indústria de Material de Transportes (-7.233 postos), Indústria Química (-6.865 postos), Indústria Metalúrgica (-5.777 postos) e Indústria Mecânica (-5.060 postos). A Indústria de Produtos Alimentícios foi o ramo que expandiu o emprego (+6.258 postos), resultado influenciado preponderantemente pelas atividades vinculadas à Fabricação de Açúcar (+5.035 postos).

Quanto ao Setor Serviços (-46.246 postos ou -0,27%), dentre os seis segmentos que o integram, todos evidenciaram redução no nível de emprego. Os ramos que mais perderam empregos foram: Serviços de Administração de Imóveis (-20.312 postos) e Serviços de Alojamento e Alimentação (-14.220 postos).

Por outro lado, a pesquisa destaca o desempenho da Agricultura, que mesmo com saldo negativo de 16.958 postos de trabalho ou -1,03%, em razão da presença de fatores sazonais, registrou o melhor resultado para o mês desde outubro de 2009, quando ocorreu a perda de 11.569 postos. O setor Comércio (-4.261 postos ou -0,05%), por seu turno, apresentou a menor queda desde março de 2015, quando obteve elevação do emprego de 6.070 postos de trabalho.

No recorte geográfico, os dados demonstram que todas as Grandes Regiões reduziram o nível de emprego: Sudeste (-97.384 postos ou -0,46%), Sul (-21.422 postos ou -0,29%), Nordeste (-17.630 postos ou -0,27%), Centro-Oeste (-16.435 postos ou -0,51%) e Norte (-16.260 postos ou – 0,86%). Dentre as vinte e sete Unidades da Federação, vinte e três reduziram o nível de emprego, cabendo destacar São Paulo (-50.423 postos) e Minas Gerais (-24.502 postos). Em contrapartida, os estados que mais geraram empregos concentraram-se na Região Nordeste, com destaque para Alagoas (+6.456 postos) e Sergipe (+1.063 postos). 

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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