Para deputado relator da terceirização, “ninguém faz limpeza melhor do que a mulher”

Laércio Oliveira
 
Jornal GGN – Laércio Oliveira (SD-CE), relator do projeto sobre terceirização aprovado nesta semana, afirmou que “ninguém faz limpeza melhor do que a mulher”, em debate realizado na Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta quinta (23). 
 
O parlamentar fez o comentário ao explicar porque as mulheres são maioria entre os trabalhadores do setor de asseio. Ele também ressaltou que maior parte dos terceirizados no país trabalham nesta área. 
 
“Somente nessa atividade tem mais de dois milhões de trabalhadores, 60% dessa mão de obra é feminina, porque faz limpeza. E ninguém faz limpeza melhor do que a mulher. À exceção de mim, que sou muito bom”, afirmou Laércio. 

 
Em outra questão, o deputado falou sobre o home office. “Eu vi um comentário nesta semana que a gente tem de estar preocupado com o trabalhador que vai trabalhar dentro dessa modalidade de contratação, porque precisa entender a mulher dele. Como é a mulher dele? Ela vai ser uma pessoa agradável e trazer um cafezinho de vez em quando ou vai ficar reclamando com ele?”
 
Laércio questionou se o funcionário conseguirá ter um “ambiente propício” para trabalhar em casa ou se “ficará estressado cada vez mais a ponto de querer sair de casa”.
 
Por meio de nota, a assessoria de imprensa do parlamentar afirmou que ele sempre ressalta que as mulheres “são dedicadas e minuciosas no desempenho de todas as atividades”. Também disse que todas as funcionárias de seu gabinete são do sexo feminino e pediu desculpas, “caso tenha sido mal interpretado”.
 
De acordo com dados do Ministério do Trabalho, 92% dos trabalhadores domésticos com carteira assinada são mulheres, com média salarial de R$ 739 em 2015, segundo o Ipea. 
 
A proposta de 1998, aprovada na quarta-feira, libera a terceirização em qualquer ramo de atividade das empresas privadas e de parte do setor público. Os críticas do projeto afirmam que ele representará uma precarização da mão de obra no país, fazendo com que os trabalhadores percam os seus direitos. 
 
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Redação

10 Comentários

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  1. Ninguém é mais sujão do que esse Salafrário

    Se esse imundo fóssil vivo tivesse lido o comentário abaixo transcrito, de autoria do Boeotorum Brasiliensis, talvez essa pérola não teria sido expelida de sua cloaca:

    “Imbecilidade não tem medidas, perdoem-no, ele não sabe o que diz

    Eu acho incrível que ainda existam pessoas que se dizem preparadas para o mundo moderno, cultas e bem formadas que processem esse tipo de ideia.

    Eu tenho 61 anos, casado há 32 anos com a mesma mulher e três filhos, um homem e duas mulheres, 2 com curso superior e mestrado em suas respectivas áreas e uma concluindo a universidade. Minha mulher é professora universitária, com dois cursos superiores, titulação e carreira acadêmica bem-sucedida. Em nossa casa há completo entendimento de que não se separa direitos, atividades e atitudes por gênero. Todos levamos esse entendimento para a nossa vida rotineira, nos nossos relacionamentos pessoais e nas atividades profissionais.

    Além de nutrir profundo orgulho por todas as pessoas do nosso núcleo familiar pelo que são, pelo que fazem, como o fazem, tenho um especial carinho pelo sucesso da milha mulher e das minhas filhas, porque sei das dificuldades que um mundo povoado de ignorantes e preconceituosos oferece às mulheres em todos os aspectos das atividades sociais.

    Em minha carreira como executivo tive oportunidades de promover a expansão da presença feminina em todos os cargos e funções, desde o chão de fábrica aos cargos de gestão sem, entretanto, criar qualquer ação afirmativa para tanto. Bastaram duas providências simples. A primeira foi impedir qualquer tipo de descriminação no recrutamento, seleção, contratação e promoção de pessoas, inclusive as disfarçadas em critérios ergométricos. A segunda foi adotar um critério primordial e prioritário para aproveitamento e encarreiramento, o candidato ter profissionalismo. Palavra muito usada, com sentido pouco difundido e mal interpretado. Profissionalismo é a essência daquilo que define o bom profissional: Ética, comprometimento e capacitação técnica para o exercício do cargo e de suas funções. Simples assim.

    Se isso norteasse o comportamento do Presidente da República não estaríamos no imbroglio que estamos, o atual ocupante do cargo não estaria a proferir barbaridades e as mulheres desse Brasil estariam ocupando o espaço que os méritos pessoais de cada uma assegurassem.

    Parabéns a todas as mulheres, não só pela data, mas pela coragem e valor.”

  2. Vomitando

    Esse elemento é o retrato da maior degradação do Congresso Nacional em toda a história da República. 

    Advogado em causa própria, ele é dono de uma empresa de terceirização.

    Vai infligir um imenso sofrimento a milhões de trabalhadores e suas famílias e fica debochando e fazendo piadinha com o trabalho de pessoas que precisam se submeter à exploração da mão de obra para poder sobreviver.

    Jesus Cristo alertou: “é mais fácil um elefante passar pelo orifício de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus.”

    O capeta vai ficar esperando pacientemente esse sujeito, pois ele, com os lucros que obtém explorando a classe trabalhadora, vai conseguir viver até os 101 anos como o David Rockefeller. Este aí, pelos menos, doou parte da fortuna para obras filantrópicas, se bem que em troca de abatimento no Imposto de Renda.

    No fundo, todos eles são iguais.

  3. Higiene mental é preciso

    Meu saudoso tio Zeca, falecido precocemente, discordaria de pronto do deputado. Em pleno século 20, Tio Zeca, que não era nada afeminado, já participava da limpeza do casarão da família para colaborar com as mulheres. Estas eram a maioria e tinham muitos outros afazeres com que se ocuparem. Era ele que cuidava do asseio das mãos das crianças antes das refeições. Se fosse vivo, hoje Tio Zeca prezaria também o asseio moral dos nossos parlamentares. Começaria pelo Sr. Laércio Oliveira,  ensaboando-lhe bem a boca com sabão Aristolino para evitar que nossos ouvidos fossem poluídos com tamanha estultice.

  4. Vernáculo, 60% de costela e gênero.

    Debatedores, abaixo seguem  fragmentos do texto para comentar:

     

    1º Fragmento:

    “Somente nessa atividade tem mais de dois milhões de trabalhadores, 60% dessa mão de obra é feminina, porque faz limpeza. E ninguém faz limpeza melhor do que a mulher. À exceção de mim, que sou muito bom”, afirmou Laércio. 

    1º Comentário:

    60% é feminina, porque faz limpeza. Ora, alguém tem alguma dúvida de interpretação aqui?

    Vejamos de outra forma:

    Por que 60% é feminina?

    Resp:  Por que faz limpeza e ninguém, afora o precitado, faz limpeza melhor que a mulher,  oras bolas. Tá claro, interpretação “limpíssima”, cristalina, não há dúvidas.

    Pode-se deduzir também que vocês NÃO são muito boas no que fazem, uma vez que o “muito bom” é exceção. E a exceção, a única exceção diga-se de passagem, é o próprio.  

    E exceção não é regra. Logo, vocês, mulheres,  regra de fazer limpeza, representam 60% da mão de obra. Todavia, não são “muito boas” no que fazem, vez que a exceção é que é muito boa. 

    Enfim, a interpretação tá clara, claríssima, “excepcionalmente” limpíssima.

     

    2º Fragmento:

    “Por meio de nota, a assessoria de imprensa do parlamentar afirmou que ele sempre ressalta que as mulheres “são dedicadas e minuciosas no desempenho de todas as atividades”.

    Também disse que todas as funcionárias de seu gabinete são do sexo feminino e pediu desculpas, “caso tenha sido mal interpretado”.

     

    2º Comentário: 

    Ora, ora,  não há motivos para pedir desculpas por ter sido, supostamente,  mal interpretado. 

    Isso porque, como visto no primeiro fragmento do texto, a interpretação está claríssima. Mais ainda.

    Trata-se de um caso de interpretação pura, limpa,  sem qualquer ambiguidade, sem quaisquer dúvidas,  e , por isso mesmo,  excepcionalmente “limpíssima”.

    Na segunda parte do texto, percebe-se que o autor, de forma moderna e atual, supera a questão binária de  gênero na língua portuguesa ao afirmar que todas as funcionárias são do sexo feminino.

    Todavia, paradoxalmente parece ter dirigido  o  seu pedido de desculpas, desnecessário diga-se de passagem,  exclusivamente para as funcionárias do sexo feminino  que trabalham  no  seu gabinete( talvez 60% delas)  deixando de fora o restante dos 60% das mulheres,  que, por sinal,  são regra no ato de  “fazer limpeza”.

    Nesse particular, surge uma dúvida interpretativa: 

    Será que o autor quis dizer que 60% das mulheres  já nascem  mulheres   ou, nesse conjunto há aqueles seres humahnos que podem  se tornar mulher ao longo da vida?

    E nesse caso, ao se tornar mulher ao longo da vida,  poderá fazer  parte do serviço de limpeza na qualidade boa mas inferior a muito bom?

    Enfim, só nesse ponto é que paira alguma dúvida. 

    O resto tá claro, transparente, e , “excepcionalmente” limpo, em matéria “interpretativa”.

     

     

     

  5. Sergipe é um Estado de boas

    Sergipe é um Estado de boas energias, povo gente boa, mas de péssimos políticos-empresários como este Senhor que de tão inseguro – com todos respeito ao gagos – gagueja de medo nas entrevistas. Nada melhor que colocar um marionete dono da MULTIERV, empresa de terceirização de mão de obra para relatoria da TERCEIRIZAÇÂO. O trabalhador tomou no…

  6. Faxina

    Talvez fosse o caso do nobre deputado contratar (terceirizar, desculpe) uma mulher para fazer uma faxina completa nas suas idéias. As teias de aranha são muitas, pelo visto.

  7. Prezados camaradas
    Além de

    Prezados camaradas

    Além de disenteria verbal (fenômeno que pensei que acometia apenas juízes e procuradores), alguns sujeitos têm diarréia cerebral (como o caso deste safado que relatou este projeto infame e insultuoso á dignidade humana)

    Acho que este sujeito, pelos sintomas, apresenta uma mutação genética também: o intestino grosso é hipertrofiado, e oucpa o vazio da caixa craniana

    Não sei, gostaria de saber: este traste foi eleito ou foi puxado pelas mágicas que produzem deputados com 200 votos (lembram do Enéas, que montou uma bancada de lixo tóxico?). Se foi eleito, me entristece, porque  nós pusemos um canalha destes no Congresso

     

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