Para sindicatos, governo adotou proposta da CNI para reforma trabalhista

 
Jornal GGN – Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho, afirmou que a proposta de reforma da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é uma “atualização” que não retira direitos. Entretanto, sindicalistas afirmam que o projeto é um “monstrengo” e que o governo adotou proposta da Confederação Nacional da Indústria.
 
Nogueira participadou do Fórum Sindical do Trabalhadores, que reúne 19 confederações. Para o coordenador do Fórum, Artur Bueno de Camargo, a reforma não traz soluções para problemas enfrentadas pelos trabalhadores, como o desemprego ou a rotativdade. “Reforma que não estimule o emprego nem aponte para o crescimento pode interessar ao capital, mas não atende ao trabalhador”, afirmou. 
 
Camargo afirmou que são “cabíveis” mudanças na CLT, mas que a reforma deve ser debatida de maneira conjunta, e não imposta de cima para baixo.

 
 
Leia mais abaixo: 
 
Da Rede Brasil Atual
 
Ministro insiste que reforma da CLT é ‘atualização’, mas ouve ‘não’
 
Representantes das confederações dizem que governo adotou proposta da CNI e chamam de “monstrengo” item que prevê negociado sobre o legislado
 
Em reunião com o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), que reúne 19 confederações, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, reafirmou que o projeto de “atualização” da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não retira direitos, mas mesmo assim ouviu negativa da entidade. O coordenador do fórum, Artur Bueno de Camargo, disse que o governo adotou propostas da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O encontro ocorreu ontem (17), em Brasília.
 
“Alertamos o ministro de que a reforma pretendida pelo governo não traz qualquer solução para o grande problema do trabalhador, que é o desemprego, ou para frear a rotatividade”, afirmou Camargo em entrevista à Agência Sindical. “Reforma que não estimule o emprego nem aponte para o crescimento pode interessar ao capital, mas não atende ao trabalhador. Achamos muito ruim o governo adotar as propostas da CNI”, acrescentou o dirigente, que preside a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação (CNTA/Afins).
 
“Nossa disposição para o diálogo é permanente. Aceitamos discutir um projeto de reforma que seja construído de forma coletiva e não gestado pelo governo e imposto de cima pra baixo à classe trabalhadora. Há mudanças cabíveis, inclusive na CLT. Cabe identificar esses pontos e discutir formas de atualização”, afirmou ainda o coordenador do fórum, que chamou de “monstrengo” o item que possibilita a acordos coletivos prevalecerem sobre alguns tópicos da legislação.
 
“Nossa proposta não ameaça nenhum direito. Estamos oferecendo ao trabalhador, por meio da representação sindical, a forma mais vantajosa de usufruir desses direitos”, disse o ministro do Trabalho. “Minhas relações cotidianas são com os trabalhadores. Não há nenhuma hipótese de o ministro Ronaldo Nogueira subtrair direitos dos trabalhadores. Quero dizer do respeito que tenho pelos sindicatos e reafirmar meus objetivos de fortalecer o movimento sindical.”
 
Assim como fizeram as centrais sindicais, em carta ao presidente Michel Temer, os dirigentes das confederações pediram para que o Projeto de Lei 6.787, de reforma trabalhista, não tramite na Câmara em regime de urgência. De acordo com o Ministério do Trabalho, Nogueira vai conversar com “setores do governo para analisar a viabilidade” do pedido dos sindicalistas. E reafirmou que aceita discutir melhoras na proposta. “Não vemos dificuldade de buscar consenso nessa caminhada, mas é fundamental a disposição para o diálogo.”

 

Redação

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