Prefeito do Rio diz que suspenderá demissões se garis voltarem ao trabalho

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou, na noite de ontem (5), que suspenderá as cerca de 300 demissões de garis se os trabalhadores voltarem ao trabalho nesta quinta-feira (6). A decisão foi tomada após um apelo do defensor público geral do estado, Nilson Bruno Filho, que se reuniu à tarde com representantes dos garis e, à noite, com o prefeito. As demissões foram anunciadas no dia 4. Paes informou também que todos os 300 caminhões da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) vão trabalhar escoltados por equipes de segurança privada.

“Todos os garis que se apresentarem, nós vamos cancelar as demissões e depois eles vão compensar os dias parados. Todos, inclusive as lideranças. Não vai haver retaliações”, afirmou Paes, em entrevista coletiva na sede da prefeitura, ao lado do defensor público e do presidente da Comlurb, Vinícius Roriz.

Paes considerou estranho que um grupo de funcionários tenha condições de se organizar e chegou a sugerir que havia algum tipo de interesse político por trás do movimento. O prefeito reconheceu que as cenas com “montanhas de lixo” nas ruas não foram boas para a imagem da cidade, principalmente em um período de alta temporada turística.

Ele ressaltou que já concedeu 50% de ganhos reais aos garis, desde o início de sua gestão, e disse que, se pudesse, concederia maiores ganhos salariais à categoria.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

10 Comentários

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  1. microconto para twitter e

    microconto para twitter e orquestra de 140 toques

    da vida que nos toca:

     

    37.

     

    Apitos, gritarias, cheiros, azedumes, motores, risadas…Penso feliz. O caminhão de lixo passa na rua. Até quando darão conta de tanto lixo?

    jc.pompeu, mar 2011

  2. mesma coisa que em 2012/13/14…

    e que vai se repetir em 2015/16/17 antes, durante e após o carnaval, com a mesma sujeirada de sempre a possibilitar ganhos extras para um bando de representates locais nas licitações para aumento ou troca da frota

     

    cada setor, ou praticamente cada bairro, tem um representante que abocanha a grana que seria dos garis caso não houvesse tanta sujeira nessas licitações

  3.           As classes

              As classes trabalhadoras, assim como o povo estao descobrindo seu poder e tambem que sindicatos e politicos sao apenas um braco dos dominantes para legitimar suas decisoes, realmente, eles agora tem um problema.

  4. Numa democracia, o direito a

    Numa democracia, o direito a greve é sagrado. Mas essa dos garis aqui do Rio foi planejada de forma velhaca e mal-intencionada, não entrando no mérito das reivindicações. Querer aumento salarial para os trabalhadores mais “baixos na escala social” (como diria o Boris Casoy) é justíssimo a principio.

    No entanto, exatamente durante o carnaval e começo das chuvas de março é chantagem. Usar o sofrimento da população e o desprestígio com turistas para pressionar a prefeitura a aceitar tudo de imediato sem espaço para negociação é desonesto.

    Que fizessem a greve em Abril. Além do mais os grevistas estão agredindo quem quer trabalhar. O piquete no caso está flertando com a bandidagem. Por isso tudo sou favoravel à demissão deles todos. E a contratação imediata de novos garis para substitui-los  

    1. A turma anda cheia de no

      A turma anda cheia de no entanto para falar de direitos fundamentais. Por acaso alguma greve já teve sucesso por ser meramente greve, com todos os consumidores e prestadores felizes em regozijo pela manifestação, sem causar transtorno nenhum? A única exceção é o direito à greve ser derrubado por um bem jurídico mais relevante, como o direito à vida em caso de greve de médicos. E só se for na emergência.

  5. Democracia Instantânea Já!

    Quando vivíamos sob a Ditadura, fomos às ruas pelas Diretas Já! Nada mais justo! Queríamos o voto e a Democracia. E os conquistamos.

    Hoje ter o voto parece insuficiente para a ansiedade de minorias agitadas. Foram às ruas para deposição imediata de Sérgio Cabral e Eduardo Paes. Ou para acabarem com a Copa conquistada muitos anos antes.

    Parece que a Democracia não atende mais à velocidade dos tempos modernos. Hoje é tudo Vapt-Vupt! Escreveu não leu o pau comeu! Ou defendemos com unhas e dentes a nossa Democracia duramente conquistada ou inventamos uma nova forma de eleição de governantes de forma instantânea. De reivindicações inadiáveis atendidas na velocidade da luz.

    O que não pode é continuarmos nesta covardia de se aproveitar de datas importantes como o Carnaval, Copa, etc. para fabricar movimentos reivindicatórios destruidores de nosso Patrimônio e de nossa Democracia.

  6. 7 de Março de 2014 às

    7 de Março de 2014 às 10:47

    Paes joga lixo no chão e será multado em R$ 157

    :

    Em meio a greve de garis, que chega ao 6º dia no Rio de Janeiro, prefeito é flagrado jogando alimento para o alto; presidente da Comlurb diz que ele será multado; em nota, Eduardo Paes tenta se eximir da culpa: “O vídeo, efetivamente, não mostra Paes jogando ao chão um pedaço de fruta”; assista

    7 de Março de 2014 às 10:47

     

  7. E num colapso geral, quando parar de vez, como será?

    Os nomes utilizados estão muito errados e é por isto que nunca se dará conta. Uma hora, em muito pouco tempo, não se terá onde colocar tanto lixo. Só nestes dias parados, já se formou um pão de açúcar.

    Vendo as fotos do fim da folia e das praias sujas, notamos que há muitos LIXEIROS (quem produz e descarta o lixo) e poucos COLETORES de lixo. É nos momentos de crise que percebemos as doenças e anormalidades de um sistema. 

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