Jornal GGN – A taxa de desemprego apurada nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pela Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) avançou de 9,3% para 9,5% da população economicamente ativa (PEA) durante o mês de janeiro, o que representa um acréscimo de 37 mil pessoas em relação ao registrado em dezembro.
Embora tenha apresentado ligeira queda de 0,4% sobre dezembro último, o número de ocupados no mercado de trabalho em janeiro foi 0,5% superior a igual mês do ano passado, somando 18,838 milhões de pessoas. No mês passado, houve um corte de 68 mil postos de trabalho, número superior ao volume de pessoas que deixaram de concorrer a uma das vagas. O montante superou a saída de 31 mil pessoas do mercado de trabalho. O nível de ocupação aumentou em Salvador (1%) e Fortaleza (0,7%). Em Belo Horizonte (-1,6) e São Paulo (-0,6%) houve redução. Já em Porto Alegre (0,1%) ficou estável e também não houve alteração em Recife.
O levantamento mostra que o resultado mensal foi influenciado por um comportamento mais concentrado na indústria, onde houve corte de 88 mil vagas, representando um recuo de 3% sobre dezembro. Já no setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas ocorreu a criação de 17 mil oportunidades de trabalho, com alta de 0,5%, enquanto na construção surgiram 39 mil postos, ou 2,6% sobre dezembro. Esse saldo positivo equilibrou o mercado de trabalho.
De dezembro para janeiro, a taxa de desemprego aumentou em Porto Alegre (6,8% para 7,3%), Belo Horizonte (6,6% para 6,7%), São Paulo (9,3% para 9,6), Salvador (16,9% para 17%) e Fortaleza (6,8% para 7,3%). Já no Recife houve um leve recuo (11,4% para 11,3%).
Nos últimos 12 meses, foram criadas 96 mil ocupações. Só o setor de serviços ampliou as ofertas em 176 mil, a construção gerou 19 mil e o comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas aumentou o número de vagas em 9 mil . Mas a indústria de transformação andou na contramão, fechando 119 mil postos, um recuo de 4%.
No período acumulado de janeiro a janeiro, o nível de ocupação cresceu no Recife (2%); em Belo Horizonte (1,4%), Fortaleza (0,9%) e Salvador (0,6%). Houve queda em Porto Alegre (-0,5%) e ficou estável em São Paulo (0,1%).
Segundo informações da Agência Brasil, o coordenador da PED pelo Seade, Alexandre Loloian, destacou os dados da indústria no período, devido ao fechamento de 88 mil postos de trabalho, representando uma queda de 3%. Já o segmento da construção civil criou 39 mil postos, alta de 2,6%. O comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas ampliou em 17 mil o número de vagas, 0,5% acima de dezembro. E a a oferta no setor de serviços ficou praticamente estável, com eliminação de 20 mil postos (-0,2%).
O rendimento médio dos ocupados em dezembro sobre novembro, conforme último resultado disponível, ficou estável em R$ 1.661,00, e também não houve alteração no caso dos assalariados, com ganhos na média em R$ 1.664,00. Houve alta de 1%, em Belo Horizonte (1.832,00); em Salvador com 2,2% (R$ 1.208,00) e no Recife 0,7% (R$ 1.191,00). Em sentido oposto, caiu a renda média mensal em Fortaleza (-0,7%, para R$ 1.135,00); em São Paulo (-0,5%, para R$ 1.840,00 e Porto Alegre (-0,3%, R$ 1.779,00).
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