Temer diz que preservou “todos os direitos dos trabalhadores”

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Reprodução
 
Jornal GGN – “Nós estamos preservando todos os direitos dos trabalhadores. Não é que nós queríamos preservar, é que a Constituição Federal assim o determina”, disse Michel Temer, o presidente da República, ao sancionar a reforma trabalhista que modifica os direitos dos trabalhadores até então garantido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
 
Ao invés de chamá-las de reforma trabalhista, nome que ficou conhecido ampla e popularmente sob duras críticas, o governo de Michel Temer e sua grande base aliada, incluindo parlamentares do PSDB, denominaram as transformações como “modernização trabalhista”.
 
Em evento realizado na tarde desta quinta-feira (12), Michel Temer anunciou que havia sancionado, na íntegra, sem vetos, a reforma trabalhista. Após publicada no Diário Oficial da União (DOU), as mudanças passam a entrar em vigor a partir de 120 dias, o equivalente a três meses.
 
De forma ostensiva, Temer afirmou que “ninguém tinha a ousadia” de fazer a tal “modernização” das leis. Entrou em contradição, em seguida, ao afirmar que as medidas não representam uma ruptura do que se estabeleceu na Constituição Federal pela CLT.
 
Referiu-se à predominância do acordo entre empregado e patrão como um “diálogo”. Ignorando que, ainda no cenário de alto desemprego no país, pessoas irão se submeter às condições impostas pelos empregadores, disse que “hoje há uma igualdade na concepção” e que “as pessoas são capazes de fazer um acordo”. “Fazem um acordo por manifestação de vontade. De um lado, os empregados, de outro, os empregadores”, disse, como se ambas partes estivessem em mesmo nível de concessões.
 
Durante o discurso de solenidade, Temer valorizou a atuação de Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho, e do relator Rogério Marinho (PSDB-RN) com a articulação política do projeto na Câmara dos Deputados.
 
Reveja o discurso do presidente sancionando a reforma trabalhista:
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

10 Comentários

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  1. Outros MENTIROSOS HIPÓCRITAS,

    Outros MENTIROSOS HIPÓCRITAS, também afirmam que fazem,  justamente o contrário do que executam com seus CRIMES DE CALHORDAS.

    Se realmente quisessem gerar empregos para o povo, teriam ele e toda a “elite” LADRONA, que devolver os cargos e todo o resto que vêm roubando à MUITO.

  2. Vai ser herói

    Escrevam o que estou dizendo. Temer continua e ainda vai sair como herói. A Globo já começa a mudar a sua fúria anti-Temer muito discretamente.

  3. Existem coisas quando juntas

    Existem coisas quando juntas é de enlouquecer…

    Não combinam a PEC 55 + Reforma Trabalhista + Reforma da Previdência…

    Imagina um empregado que passe períodos sendo contratado por horas, como se dará a contagem de tempo para essas pessoas?

    Os empregados com maior tempo de serviço vão se sujeitar a sub-empregos para ver se alcançam a aposentadoria…

    Todo ser humano vive para que a sociedade se torne cada vez mais sadia…

    Essas três reformas juntas vão levar o pais para a esquizofrenia…

    Iremos assistir agressões diárias por motivos fúteis!

    As empresas, o sistema financeiro precisam da sociedade – não existe um negócio em si!

    O fim de tudo é o desenvolvimento humano saudável.

    Todos devem contribuir para isso e fazer sua parte!

    Só assim conseguiremos pensar e criar a cada dia novas soluções para problemas velhos e novos…

  4. Comentário.

    Já vivi momentos ruins, desde a crise da divida, no início dos anos 1980, e vou te dizer, nunca estive tão decepcionado quanto agora.

    A Casa Grande avançou como nunca, pra destruir garantias sociais, a CLT, a Constituição, enfim, criar um clima de instabilidade e salve-se quem puder para meter a mão nas jóias da Viúva e cair fora. Concordo com o Mino Carta: foram o silêncio e a passividade que permitiram que a Casa Granve avançasse.

    Nunca engoli as críticas à (extrema?) esquerda contra o PT; ela mesma engrossou as “jornadas de junho”. Permitiu que a direita tomasse corpo. Pode se abraçar com o Temer. Do PT, a ideia de eleições majoritárias onde vc precisa de eleições proporcionais para não ser vítima de partidos ruins e ter que negociar com eles (interessante de se considerar, como o PT seria um partido dado à corrupção sem que suas alianças, em parte, não fosse, é dífícil de entender… só tinha uma profana no convento) passou em brancas nuvens.

    Mas você, povo, votou tão mal, e cavou a própria cova. Difícil te olhar no rosto sem ter que acusá-lo.

  5. Filho da puta para esse biltre é elogio!

    Esse sujeito não é um ser humano, não merece conviver com seres humanos, tem de ser expulso do convívio com seres humanos. Espero que morra uma morte lenta, sofrida e desesperadora.

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