Embraer não é só fabricante, mas conglomerado aeroespacial de defesa, analisa Marcos Barbieri

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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A indústria aeronáutica brasileira está na figura da Embraer e é confundida com a Embraer, expôs o especialista aeroespacial e de defesa

Jornal GGN – O coronavírus foi somente a ponta do iceberg na queda de 75% nas vendas de aviões este ano pela Embraer. Os preparativos para a transferência de negócios da linha comercial à Boeing, contrato que foi desistido pela fabricante norte-americana em abril, geraram R$ 485,5 milhões no ano passado e mais 334,6 milhões este ano somente em prejuízos estruturais.

Para tratar do cenário econômico da terceira maior fabricante de aviões do mundo, conversamos com o especialista em indústrias aeroespaciais e de defesa Marcos José Barbieri Ferreira, professor doutor da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, fundador e coordenador do Laboratório de Estudos das Indústrias Aeroespaciais e de Defesa (LabA&D).

“A indústria aeronáutica brasileira estar na figura da Embraer e ela ser confundida com a Embraer é resultado da própria política do governo que concentrou, desde o final dos anos 60, nessa empresa”, afirmou, em entrevista à TV GGN, destacando o papel estratégico da empresa brasileira e a importância de investimentos públicos neste momento.

“A Embraer não é uma fabricante de aviões. A Embraer é um conglomerado aeroespacial de defesa. E esse conglomerado, por serem operações diversificadas, em momento de crise, procura-se compensar com outros segmentos, mas a operação com a Boeing levaria ao desmonte desse conglomerado. Levaria ao fim da empresa como nós conhecemos atualmente”, analisou.

A reportagem especial pode ser lida aqui e a entrevista, disponibilizada na íntegra, abaixo:

 

Confira:

Embraer: os custos de uma crise e a recuperação

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

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  1. O golpe de 2016, desorganizou todo governo do país. Todos o planos de longo prazo, todo
    o planejamento. Bagançaram tudo. Desfizeram de de todos projetos, de modo o país ficar sem rumo algum.

    O único rumo que se ê sucateamento e a venda como se o país fosse um grande ferro velho,
    e vendido na forma de leilão. Como está.

    É isso mesmo, o Brasil está em Leilão, ao menor preço. O único plano, e política claríssima é:

    1) Manter o PT fora do poder. Para isso é preciso continuar o bombardeio da perseguição midiática e jurídica
    do lavajatismo (aqui na qualidade de todo MP, PF e Judiciário juntos).

    2) Submeter totalmente aos desejos da metrópole (Estados Unidos da América) e esquecer que não
    somos uma nação soberana. Mas apenas uma colônia e por opção realizada por eles; os golpistas e
    não pelo povo brasileiro.

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