Cansaço de piloto influenciou em acidente de Eduardo Campos, diz FAB

Jornal GGN – Investigações da Força Aérea Brasileira indicam que o cansaço do piloto Marcos Martins foi um dos fatores que contribuíram para a queda do avião que vitimou o então candidato presidencial Eduardo Campos  e outras seis pessoas, em agosto de 2014. 

O relatório com o resultado das investigações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) será apresentado hoje, primeiro para os familiares das vítimas e depois para a imprensa. 

O Cenipa também aponta o uso de um “atalho” para acelerar o procedimento de descida na Base Aérea Santos (SP) e a falta de treinamento do piloto para aquela aeronave, além do cansaço, identifica pelo tom de voz de Martins durante o voo.

Do Estadão

Para FAB, cansaço do piloto influiu em morte de Campos

Resultado da investigação será apresentado nesta terça-­feira, 19; queda de jato matou ex­-governador durante campanha presidencial

O cansaço de Marcos Martins, piloto do avião que caiu em Santos (SP), em 13 de agosto de 2014, matando o então candidato do PSB e ex­governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e outras seis pessoas, foi um dos fatores contribuintes para o desastre, que teve uma sequência de falhas humanas, conforme antecipou o Estado.

O relatório com o resultado das investigações realizadas nos últimos 17 meses pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) será apresentado hoje, às 13 horas, aos familiares de todos que estavam no voo e, em seguida, para a imprensa.

Além do uso de “atalho” para acelerar o procedimento de descida na Base Aérea de Santos, outro problema detectado durante os trabalhos foi a falta de treinamento do piloto, específico para aquela aeronave, um Cessna 560 XL, que levou à Aeronáutica, inclusive, a emitir uma recomendação de segurança à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), três meses depois do acidente.

Durante as investigações foi detectado que a relação entre piloto e copiloto não era boa. Os dois tinham um histórico de atritos e o copiloto, Geraldo Magela Barbosa, teria pedido para não mais voar com Martins. O cansaço do piloto foi identificado pelo tom de voz de Martins no voo. Poucos dias antes do acidente, o próprio Martins já havia relatado, em redes sociais, que estava “cansadaço”.

Todo o perfil psicológico, pessoal e profissional dos dois pilotos foi levantado pela equipe que investigou as causas que levaram ao acidente. O quadro psicológico do copiloto foi amplamente analisado. O Cessna 560 XL saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio, rumo à Base Aérea de Santos, no Guarujá, em São Paulo.

Redação

38 Comentários

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    1. Exatamente o que veio na

      Exatamente o que veio na minha mente! Presumo que para concluir o relatório é essencial identificar o proprietário da aeronave. Não se pode descartar a possibilidade da co-responsabilidade pela queda do avião seja do(s) proprietário(s).

    2. Em Fevereiro de 2015 João

      Em Fevereiro de 2015 João Caros Lyra, usineiro e ligado a uma das famílias mais ricas do Brasil disse ser o dono do jato.

      Conseguiu acordos na justiça com mais de 50% dos moradores atingidos.

      O jato estaba registrando em uma holding onde ele era sócio, mais ele transferiu a documentação dos destroços em nome próprio para facilitar o pagamento das indenizações;

      1. Ah, bom, so dois anos depois

        Ah, bom, so dois anos depois ele “confessou” ser o “dono” do jatinho, ne?

        E sem falar no seguro do jatinho tampouco, que nem ele nem ninguem do Brasil recebeu, ne?

        Verosimilissimo…

  1. Cansado Estou Eu, De Ouvir Cada Desculpa Ridícula!!!
    Bom dia.
    Ninguém é obrigado a acreditar nesta fábula. Quem matou Duda Fields foi o mesmo “cansaço” que obrigou Portugal, na década de ´80, a ir para a “3ª via”, em “acidente” similar.
    Se “investigar” mais um pouquinho, aqueles dois criminosos estadunidenses que derrubaram o avião da Gol também o fizerem por ‘cansaço’. Tanto que desligaram o Transponder…

      1. Sem Dúvida. A Matriz É Quem Manda…
        Bom dia. … E obedece quem tem juízo. Os criminosos do avião da Gol foram recebidos como heróis, lá na Terra de Marlboro. E o são, de certa forma. Fizeram o trabalho sujo…

  2. Isso porque estavam ainda no inicio da campanha

    E os dois aviões que o PSB ‘adquiriu’ para a campanha presidencial de 2014, de quem eram mesmo ? Nada sobre essa questão? O laranja ja foi apresentado a todo o Braisl, mas e os donos… E quem indenizou as familias das casas em cima das quais o avião caiu?

  3. Teoria da conspiração.
    O

    Teoria da conspiração.

    O cansaço foi natural ou provocado ?

    E a água que andou bebendo, era benta ?

    E o lanchinho ou almoço, tinham gosto estranho ?

    Tem gente que jura que tem o dedo do tio sam nessa tragédia.

    Não consigo entender bem a lógica, mas sabe cumé, esse povo tem grandes imaginações.

  4.  
    Engraçado, o piloto estava

     

    Engraçado, o piloto estava cansadaço. Uhm! Entendi.  Ah!… O copiloto Geraldo Magela não estava cansado. Todavia, não se dava bem com o piloto. Oh! Não diga!. Então o atalho adotado pelo piloto, que não tinha treinamento satisfatório com aquele tipo de aeronave Xiii. Pronto! Tá comprovado.

    Foi tudo folha de são, digo, falha humana. Portanto, culpa do piloto. Inclusive somente ele era quem sabia a quem pertencia o avião*. E a caixa preta? Teria ficado em poder da ex-futura vice-Presidenta Osmarina? Aquela que, com a morte do titular se tornaria presidenta Osmarina Selva? Ainda bem que a ex-verde, fôlha de jaqueira, recebeu um aviso superior, não embarcando no fatídico voou, livrando-se de ir estar ao lado do senhor antes do combinado.

    Orlando

    *Por falar em jatinho sem dono. Até o presente momento, a nossa eficiente máquina policial de vazamento da PF, não encontrou o dono dos 400 e cacetadas de kilos de pasta base de coca, que fazia turismo clandestino no helicóptero dos Perrelas amigos do playboy aécinho do aeroporto. Que aliás, é um cabra chegado numas coisas clandestinas.

     

     

  5. Pensei que era castigo porque

    Pensei que era castigo porque Eduardo Campos roubou dinheiro da Petrobrás para fazer sua campanha política. Se bem que o coitado do piloto não teve nada a ver com o roubo. 

    Mas em terra de Eduardo Cunha, religioso fanático defensor dos principios religiosos,  Deus pode ter ligado o alerta.

  6. Para o estadinho os outros

    Para o estadinho os outros mortos, seis, não têm nomes, só o dudu pode ser nomeado. E qual o nome mesmo do dono do avião?

  7. Matei a charada!

    O Cessna, obviamente, era órfão. Por isso, não tinha dono. Vão catar coquinho!

    A culpa passou a ser de uma pessoa que está morta e – portanto – não pode se defender. Assim, naturalmente, a indenização deverá ser arcada pela família do piloto. Quanto ao dono do avião, não existe, ninguém sabe, ninguém viu. Mas isso não vem ao caso. Daqui a pouco, numa delação forjada, quer dizer, premiada, vão descobrir que alguém disse que ouviu alguém dizer que, antes do acidente, houve uma conversa entre o piloto e alguém do PT na qual o piloto teria sido ameaçado (“ou cai com o avião, ou matamos a sua família”). Do Golpe a Jato e dos canalhas que estão por trás disso, nada é impossível. Afinal de contas, se é possível condenar alguém sem provas (“a literatura me permite”, não é mesmo?), o céu é o limite. Ou, talvez, neste caso, o solo.

  8. Morrer depois de cunhar o
    Morrer depois de cunhar o slogan da campanha no JN: não vamos desistir do Brasil! Muito sinistro.
    A candidatura esteve para Eduardo campos, assim como as delações premiadas estão para os presos da LAVA jato. É bom lembrar que o ex governador de Pernambuco foi um dos primeiros a serem citados na VEJA. Ou seja, Campos foi candidato compulsoriamente, pois já estava politicamente morto. Chantageado Pelo consórcio que hoje inferniza a política nacional, tão logo se fez candidato livrou-se das possíveis acusações. Tanto que ainda hoje pairam dúvidas sobre a propriedade dos jatinhos. Como não tinha nenhuma serventia vivo, morto serviu como impulso às pretensões oposicionistas e interesses internacionais. Outro forte indício de chantagem é a conversão unânime da família de campos à campanha da direita. Eduardo foi morto e ponto!

  9. O piloto tava cansado mas o

    O piloto tava cansado mas o jatinho não era fantasma? Engraçado falam do piloto, das condições do tempo, da queda do avião, mas há um silencio cúmplice em torno do dono da aeronave. Prova de que alguns são mais iguais que outros.Imaginem se tivesse algum petista a bordo. o circo estaria armado até o fim dos tempos.  

  10. “Bolivarianismo” chapa vermelha: a mídia é plural!

    Na época, fiquei incomodado com Paulo Schiff, gerente de jornalismo da TVB, afiliada à Band em Santos; ele foi ex-cordenador de Comunicação Social e produtor de vídeos na candidatura do PSDB a prefeito de Santos em 2004 para o tucano Raul Christiano (com o vice Bruno Covas); mesmo com esse histórico naturalmente produzindo suspeição de parcialidade, ainda assim  concedeu licença sensacionalista para a âncora da TVB destacar um drone da Aeronáutica no local da arremetida da aeronave “yussiférica” sinistrada. O professor Schiff é conhecedor de técnicas de retórica, como aquela em que a proximidade textual física de dois eventos independentes produz a ilusão de causa e efeito e, aparentemente, não se importou sobre o efeito de tal pauta em produzir ilações sobre uma suposta sabotagem por parte da Força Aérea hipoteticamente aparelhada pelo “bolivarianismo” petista já então tão propalado pela mídia. A ética não admite que se deixem margem para testar hipóteses em pleno calor de campanha, partindo de uma concessão pública.

  11. cançado?

    interessante.

    piloto “cansado” e tem que pousar na base aérea de santos, que é horrível, num dia nublado …

    por que nela?

    se o tempo estava ruim, por que não são paulo?

    o piloto foi pressionado.

    em tempo: a evangélica marina silva (como os evangélicos marcos feliciano e eduardo campos) mostra memória de pintasilgo quando fala em financiamento ilegal do pt.

    justo ela que viajou prá cima e prá baixo num jatinho “sem dono”.

    é desmemoriada ou cara de pau mesmo?

  12. certamente a fab tem

    certamente a fab tem conhecimentos técnicos mais amplos do

    que esses meio subjetivos alinhados aí para identificar as causas do tal acidente,

    se é que  foi acidete….

  13. E de quem era o avião?

    De quem era o avião?

    Ninguém ainda respondeu?

    Acho que era de “algum amigo do Lula”, diria o PIG malicioso.

    Dinheiro de campanha?

    E a Marina ainda quer. para ser novamente candidata, que o TSE delete a eleição passada por suspeita de recebimento do dinheiro do lava-jato na campanha do PT?

    E no caso do avião, que ela ia viajar, e por sorte não seguiu viagem?

    De quem era?

    Ora, como diria PHA, ” não vem ao caso”!

  14. Caixas pretas e cansaço

        1. Vão desmentir, justificar, é do jogo – normal – mas politicos e até empresários, quando locam aeronaves pequenas, não gostam que a “caixa preta de voz ” fique disponivel ou em operação, pois ela pode gravar todas as conversas no interior da aeronave,  possui “escuta ambiental” e não apenas a do cockpit.

        2. Esta parte do relatório identifica outros fatores contribuintes, tanto ou mais relevantes que apenas o alegado e comprovado ( numero de horas voadas ou em disponibilidade X folga ) cansaço dos pilotos, mas a falta de habilitação especifica para o modelo da aeronave, e tambem algo corriqueiro na aviação executiva e geral, o problema constante de relacionamento entre comandante e primeiro oficial, para quem quiser saber mais : http://www.crewresourcemanagement.net

         Voar para politicos sempre é uma pressão muito grande, falhas humanas são sempre presentes, como no caso clássico do TU-154 M polonês em Abril de 2010.

          Mesmo no Brasil, ocoreu um acidente com “politicos”, que poderia ter mudado a história da ditadura militar, quando em 05/12/1967, em voo FAB/GTE de BSB para o Santos Dumont, o FAB 2100 ( Viscount ), tendo a bordo o Ditador de plantão ( Gen. Costa e Silva ) e seu sucessor Gen. Médice, por um erro de aproximação caiu na pista do aeroporto, pegou fogo, mas infelizmente não morreu ninguem.

    1. Ponto 1 eh problematico,

      Ponto 1 eh problematico, Junior.  Se “politicos e empresarios” tem autoridade pra fazer um aviao desligar a caixa preta no Brasil, a coisa ta mais preta do que parece.  Se for verdade, eh hora da FAB dar um esporro homerico.

      Tem mais:  nao, a caixa preta grava somente o cockpit, e “pode” gravar toda a conversa ambiente como eu “posso” ir pra lua, dependendo do equipamento altamente especializado.

      Ponto dois eh mais alarmante ainda:  como eh que eh???  Falta de treinamento especifico do piloto em aeronaves especificas eh “corriqueiro” no Brasil???

      EXIJO mais um chilique homerico da FAB nesse minuto!

      No link, o “figure 1” eh risivel, francamente.  Logo a NASA se saiu com isso?!  E com soletragem da Inglaterra?!  Mas o video eh terrific, vou deixar o link pra pagina:

      http://www.crewresourcemanagement.net/information-processing/attention-and-perception

      Pra quem nao entende ingles, a pergunta eh quantos passes de bola o time em branco faz naqueles poucos segundos.  Tente responder certo!

      A DO REI sua ultima sentenca.  Especialmente o “infelizmente”!

    2. Junior, esse link que voce

      Junior, esse link que voce postou eh simplesmente barbaro!  Nao sabia nem que existe umas “teoria basica do erro humano”!!!

      Link eh em ingles da Australia e eh de um livro completo sobre…  teorias multiplas, todas misturadas entre si!  Nao da pra pular pro meio, tem que perder uma hora lendo o serialmente, pagina por pagina.

      Altamente o recomendo.

      Fantastico!

  15. ” Falha de projeto “

       Alegar “falha de projeto” como algumas pessoas, incluindo o irmão de Campos emitem, é absurda, uma vez que o Cessna 560 Excel/XL é fabricado desde 1.996, mais de 300 unidades vendidas, e apenas, de acordo, com a Aviation Safety  Network ocorreram com o modelo 3 ( três ) acidentes, sendo um unico deles com vitimas, justamente o PR – AFA.

        Progressão/habilitação :  A habilitação é por “série “, a familia Citation tem varias séries ( 8 com subtipos ), para o ‘560 Excel, a progressão ideal é do III ao VII, para chegar a ele – um piloto habilitado no V ou no VII, até pode pilotar um ‘560 XL , mas em caso de emergencias terá dificuldades.

    1. Rápidas considerações

      Refreshment bianual (no mínimo) na Flight Safety ou similar ajuda um muito.

      Mas é caro, o empregador (geralmente quem usa o avião) vai tentar economizar uns cobres (economia porca), então vão ser enterrados com seu rico dinheirinho.

      Conflito entre triṕulantes na executiva é comum. E é até fomentado pelos empregadores para manter o rebanho calmo!

      Para finalizar duas observações:

      O velho comandante Roca (que possuia P51 e B24 no log book entre outras coisitas mais) dizia: “velocidade e altura conserva a dentadura”!

      Outro instrutor falava: ou é VFR ou é IFR .Fora disto é Cisca (ato que as galunhas realizam quando procuram farelo para a alimentação). O problema do CFR ( Cisca Flight Rules ) é que volta e meia a nuvem tem um caroço, e duro!

      No caso em questão, abandonou o vôo IFR para entrar em condições VFR marginais, perdendo posteriormente referencias e entrando em condição anormais de vôo, configura um cisca! Deu no que deu.

       

      1. Olha a semelhança

           Dos outros dois acidentes com um ‘560 Excel, um foi no chão – tb. erro humano, por trafego não autorizado na taxiway – já o outro, ocorrido em 14/07/2011, em Port Harcourt , felizmente sem vitimas fatais, tem muita semelhança com o acidente do PR-AFA, inclusive nas conclusões da FAA, está no endereço da  aviation safety

            //aviation-safety.net/database/record.php?id=20110714-1

            Já a da “dentadura” é ótima, eu lembro de outra : Quanto mais pés vc. consegue, menos chance de vc. ganhar sete palmos – .

        1. Suspeito

          Sou suspeito para comentar, mas o avião (bem como seus predecessores) é muito bom.

          Cristão ao extremo: perdoa muito os erros da peça entre o manche e o assento. Mas para tudo tem limite!

          Sds

          Paulo

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