Produção de caminhões contribuiu para crescimento da indústri

Jornal GGN – O avanço de 10% na produção de bens de produção na margem e de 2,5% em comparação com janeiro de 2013 reflete os estímulos do governo concedidos à produção de caminhões. A afirmação é da economista Mariana Hauer, do banco ABC Brasil, à Agência Estado.

O segmento de bens de produção (equipamentos e instalações, bens ou serviços necessários para a produção de outros bens ou serviço) sozinho tem impacto relevante na chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede a taxa de investimento com relação ao PIB. Instalações, máquinas e equipamentos incluem os caminhões e tem peso de 52% na FBCF. O Governo, por meio do Financiamento de Máquinas e Equipamentos (FINAME) do BNDES, dá estímulo à produção desses bens visando aquecer toda a cadeia produtiva do país.

A alta de 2,9% da produção industrial, na margem, veio mais intensa que a esperada pelo banco ABC Brasil, que previu crescimento de 2,6%. Na comparação com janeiro de 2013, a queda de 2,4% foi menos expressiva que o recuo de 3,4% previsto pelo banco. O resultado da produção da indústria em janeiro em relação a dezembro, com ajuste sazonal, ficou dentro do intervalo das expectativas dos analistas na pesquisa da Agência Estado Projeções (de 1% a 3,2%, com mediana de 2,5%). O dado no confronto com janeiro de 2013 também veio conforme o esperado pelo mercado, cujas previsões eram de baixa de 1,2% a 5% e mediana de 3,4%.

Mariana diz ainda que os efeitos do fim dos incentivos a bens duráveis já começam a ser mais perceptíveis. Segundo o IBGE, a categoria de bens de consumo duráveis subiu 3,8% ante dezembro, mas caiu 5,4% em relação a janeiro de 2013. “Na comparação interanual, trata-se da quarta queda consecutiva. Foi influenciada basicamente pela queda da produção de automóveis e da linha branca”.