A correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física poderá ser feita por faixas de renda, sinalizou hoje (12) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao deixar uma reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A ideia é fazer com que os contribuintes que ganham menos sejam beneficiados com o maior índice de correção que poderá chegar, segundo Levy, a 6,5%.
“Há algumas possibilidades, mas o conceito, evidentemente, é dar um ajuste mais significativo para as faixas de menor renda de tal maneira que os tetos dessas faixas tenham um aumento um pouco maior do que tinha se pensado originalmente, de 4,5%. A gente está vendo, dentro do quadro de ajuste fiscal, se nós podemos focar para dar algo um pouco maior na linha que o Congresso tem sugerido para as faixas de menor renda”, adiantou Levy que também se encontrou com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A proposta em discussão será apresentada à tarde pelos presidentes do Senado e da Câmara aos líderes das respectivas Casas. A expectativa é que um acordo em torno da nova proposta saia até o fim do dia.
“A conversa com o ministro Levy foi muito boa. Eu acho que isso distensiona. O papel do Congresso Nacional é insubstituível. Há quem pense que Congresso fraco faz bem à democracia, não é verdade. O Congresso vai continuar cumprindo a sua parte. Vamos, com os líderes, encaminhar o que for possível como solução”, disse Renan Calheiros que também vai se reunir hoje com o vice-presidente da República, Michel Temer.
A ida de Levy ao Congresso foi acertada ontem (9) durante reunião entre a presidenta Dilma Rousseff e líderes da base aliada. O veto presidencial ao reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda, que já tranca a pauta de votações do Congresso, é o primeiro item da sessão marcada para amanhã (11), às 11h. As informações são da Agência Brasil.
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Faz assim Levy.
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Como sempre, o couro da dita
Como sempre, o couro da dita classe média continua sendo tirado a sangue frio. Pelos cálculos do SINDIFISCO, no período de 1996 a 2012 para uma IPCA de 189,54% houve um reajuste na tabela de apenas 73,95%, ou seja, uma defasagem de 66,4%.
Não por nada, é nesse segmento onde reside uma grande insatisfação com o governo. E justa. Pelo menos por esse aspecto.