Ministro da Fazenda volta a defender aumento de impostos

Da Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que vale a pena “pagar um pouquinho mais de imposto” para possibilitar a recuperação econômica do país. “É um investimento que vale a pena. A gente não deve ser vítima de uma miopia na questão dos impostos.[…] Se a gente tiver que pagar um pouquinho mais de imposto para o país ser reconhecido como país forte, tenho certeza de que todo mundo vai querer fazer isso”, disse o ministro, em entrevista à imprensa hoje (10) no Ministério da Fazenda.

Ele não confirmou aumento de impostos. Disse que estão no Congresso medidas que devem ajudar na reestruturação fiscal do país. Uma delas é a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que deve acabar com a guerra fiscal entre os estados. Outra é a repatriação dos recursos ilícitos de brasileiros no exterior.

A reforma do ICMS é debatida no Senado. No caso da repatriação, Levy informou que o governo enviou nesta quinta-feira (10) projeto de lei ao Congresso tratando do assunto, em substituição à proposta do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que era a que vinha sendo discutida.

O ministro ressaltou o esforço de economia do governo. “O governo, este ano, cortou R$ 80 bilhões em relação ao Orçamento votado em abril e manterá a economia no ano que vem. Dada a mudança do desenvolvimento econômico e por gastos do passado, que temos que honrar agora, não alcançaremos a meta sem medidas adicionais. O governo tem mostrado grande disciplina fiscal”, disse.

Levy admitiu o impacto na economia do anúncio da Standard&Poor’s de reduzir a nota de crédito do Brasil, retirando o grau de investimento do país. “O episódio, sem dúvida nenhuma, terá impacto nas condições de crédito. Por isso, é tão importante tomar as medidas necessárias, cortar despesas e encontrar receitas”, afirmou. O ministro negou que o trabalho de recuperação fiscal esteja encerrado. Segundo ele, há “bastante trabalho pela frente”.

O ministério da Fazenda emitiu uma nota “reafirmando o compromisso com a consolidação fiscal”, e lembrou medidas tomadas para ajustar as contas do país. A notícia foi comentada naCâmara e no Senado

A S&P disse que a proposta orçamentária do país para 2016, prevendo um déficit primário de R$ 30,5 bilhões, em lugar da meta anterior de superávit de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado anteriormente, contribuiu para a decisão do rebaixamento.

Redação

8 Comentários

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  1. Os predestinados

    Tá lá, no dicionário. Parece piada, mas é sério

    por Zé Simão

     

    lev.y 
    n 1 coleta, arrecadação, taxação, incidência de imposto. 2 recrutamento de soldados. 3 leva de tropas. 4 importância levantada mediante coleta. vt+vi 1 fazer coleta, arrecadar. 2 recrutar soldados. 3 formar levas de tropas. 4 taxar, cobrar impostos. 5 embargar. capital levy imposto sobre capital. to levy war mobilizar para uma guerra.

  2. Depende.

    se esse mané disser onde vai ter aumento de imposto, e se ele mostrar ser justo porque isso e daquilo, vai convencer, mas pelo jeito o mané tá querendo é colocar a batata quente na mão da maioria da classe trabalhadora,disfarsadamente o cretino vai ferrar a população.

  3. Levy

    Ou ele é o mais estúpido Minsitro da Economia da história do Brasil ou um gênio incompreendido…

    Tomara que dê certo/tempo a arrecadação e o limite de recessão suportada pela maioria dos brasileiros

    Toamara…

  4. Ministro vá trabalhar!!!

    As regras já estão aí que se faça cumprir as regras e não invente mais regras.

    Na minha opinião deveria ter ido embora faz tempo.

  5. Péssima comunicação

    Por que  o ministro não informa que a carga tributária caiu? Vê quanto era no governo FHC (diziam que era de 40%). Em 2010 (tá lá no post sobre a Standard and Poors) a carga era de 39,3%, a previsão para este ano é de 35,8% – uma queda de 3,5 pontos percentuais, o que corresponde a R$ 200 bilhões.

    Não é possível que não haja ninguém para rebater a falácia do impostor-metro, que está dia sim dia não na imprensa tradicional.

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