Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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Valores gastos por turistas estrangeiros no Brasil caiu 16%, por André Araújo

Por André Araújo

TURISMO ESTRANGEIRO NO BRASIL – Os valores gastos por turistas estrangeiros no Brasil caiu 16% entre 2014 e 2015, quando chegou a US$ 4,6 bilhões, um número muito baixo para o tamanho e potencialidade do País. As causas são óbvias.

1. Falta de organização de turismo receptivo: Não há quiosques receptivos de facil localização nos aeroportos, nas áreas turísticas das cidades, faltam placas bilíngues ou trilíngues nas zonas turísticas, nos passeios e nos museus e parques.
 
2. Grande dificuldade e risco de guiar no Brasil, muitos turistas gostam de alugar carro nos destinos, aqui é difícil pelo tipo de tráfego e insegurança generalizada, as ruas são mal sinalizadas e não há indicativos para turistas.
 
3. Falta infraestrutura nos monumentos e passeios. No Rio, no passeio do Cristo os banheiros são medonhos, no geral as lanchonetes são muito ruins, sujas e sem pessoal que tenha mínima noção de outras línguas.

 
4. Falta divulgação do Brasil no exterior, é próxima de zero, o México faz grandes campanhas na mídia estrangeira, nos fazemos zero. A agência que faz a propaganda do México se apresentou no Ministério do Turismo para sugerir uma campanha para o Brasil, isso há alguns anos, não houve nenhum interesse. A mesma agência ofereceu o trabalho na CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO E TURISMO, não passou da telefonista.
 
5. Há os problemas estruturais de saneamento, especialmente nas praias e insegurança generalizada em praias, estradas e passeios. Colômbia e México também tem problemas de segurança mas o “corredor turístico” é hoje muito mais seguro que o Brasil.
 
O Ministério do Turismo gasta toda a verba na burocracia e não na atividade fim. Os entes de turismo em geral participam das Feiras mundiais para exibir seu País, o Brasil está fora desse circuito, participar de feiras promocionais é fundamental.
 
O Brasil tem muito mais pontos de interesse turístico do que o México ou qualquer outro País da América Latina mas não sabe explorar esse potencial. A Amazônia poderia ser o maior pólo de turismo ecológico do planeta mas não sabe explorar, o Peru está vendendo muito melhor a Amazônia peruana onde há excelentes barcos fluviais turísticos.
 
Os importantes museus brasileiros estão em grande parte fechados ou mal mantidos, há sempre o problema dos banheiros, lojas e lanchonetes, tudo muito precário. Há poucas visitas guiadas com tradução, não há guias em inglês.
 
Os museus americanos, mexicanos e colombianos fazem lucrativo comércio de lojas internas com souvenirs, livros, gravuras, vestimentas sobre o tema dos museus, tudo aqui é muito ralo e precário, mal explorado.
 
As Olimpíadas serão um grande atrativo, mas os problemas apontados não foram resolvidos e se refletirão nos Jogos, onde haverá mais turistas mas poderia ser muitas vezes mais, já o Ministério e as Secretarias de Turismo podem ser fechadas sem nenhum impacto nas receitas, a função desses orgãos é praticamente nula no incentivo ao turismo, são apenas criatórios de empregos para composições políticas, é raríssima serem ocupadas por quem entenda de turismo.
 
Pela lógica do câmbio que torna o Brasil mais barato o fluxo turístico entre 2014 e 2015 deveria ter aumentado e não diminuído, acima alguns pontos que julgo puxarem os números para baixo.
Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

21 Comentários

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    1. Mas a impressao eh diferente

      Mas a impressao eh diferente agora.  A algum ponto dos anos 90 um desmiolado perguntou que sapato seria adequado pra visitar o Rio e um brasileiro respondeu “pra pular pocas de sangue ou pra correr da policia?”

      Ele terminou nao indo.

  1. Veja quem é o atual ministro

    Veja quem é o atual ministro do turismo e você terá ideia de pronto da prioridade que o governo dá ao turismo. Houve um ex-ministro que se enrolou com contas no motel. A figura de maior notoriedade que esteve no mnistério foi Martha Suplicy que, durante a crise dos aeroportos em 2007, soltou a frase que será seu epitáfio : “Relaxa e goza!” … That’s Brazil. 

  2. Mas também vai se esperar o

    Mas também vai se esperar o quê?

    Nas vésperas de uma Copa do Mundo tivemos as famigeradas “jornadas de junho”, coxinhas clamando em redes sociais em inglês para que estrangeiros não viessem à Copa, ex-presidente que vai no exterior falar mal do Brasil, qualquer investimento em turismo é tratado como gasto inútil (“por que não fazem hospitais?”) e o principal: a imprensa brasileira joga totalmente contra o país.

    Com uma imprensa dessa jogando contra o país, qualquer esforço de divulgação do turismo no país fica prejudicada, cairia no mesmo caso da Petrobrás que paga fortunas por inserções de 30s em horário nobre, mas é massacrada nas outras 23:59 30′ horas diárias.

  3. Nada mudou desde a primeira

    Nada mudou desde a primeira vez que eu fui no Brasil em 93, Andre.  Ja fiz todas essas reclamacoes publicamente tambem e nao adiantou nada.  “Precario” eh parte da cultura brasileira, infelizmente.

  4. só se fala da zika
    Para piorar tudo isso só se fala da Zika no mundo todo.

    È so ver os canis estrangerios

    Com essa propaganda negativa quem vai quer vir?

  5. Turismo

    O Brasil é caro para os Sul americanos. Para Europeus e Americanos, a passagem para o Caribe é muito mais barata e tem menos problema de idiomas, já que existerm ex-colônias inglesas, espanholas, francesas, holandesas. Fica fácil escolher uma com seu idioma. Só Brasil e Portugal falam portugues, Angola e Moçambique não contam como turistas.

    1. A riqueza historica,

      A riqueza historica, arquitetonica, paisagistica do Brasil não tem termos de comparação com o Caribe, lá tem praias e quase nada mais, com exceção de Cuba. Temos praias, a Amazonia, o Pantanal e as Cataratas do Iguaçu, o turista que só quer praia

      é apenas um tipo de turista, há muitos outros que querem mais que isso.

      1. Caro André

        Como peguei mochila em outras décadas e fui a alguns lugares depois de mais velho poderia dizer que antes quando não havia turismo de massa (vamos flara assim). Se alguém gosta de ir a uma praia e ter de ouvir milhares de pessoas querendo te vender um produto – quando não o assédio oferecendo serviços-, serviços de terceira categoria, sujeira e falta de saneamento, preços exorbitantes, cidades sujas, etc. pode encarar. Há ilhas de excelência, não nego, mas se der azar na escolha….

    2. O problema não é a língua – falta um Plano de Metas

      Cito o caso de Katmandu, no Nepal. Alguém entende nepalês? Recebe mais turista por ano que toda a região amazônica de turismo somados (Manaus, arredores, floresta, confluência dos rios, Pará, Ilha do Marajó). Há hoteis de primeira linha, redes internacionais em peso, capazes de deixar os do Rio/SP com profunda inveja. E o que tem o Nepal de especial para ser uma dos destinos mais desejados, mais trendy, do mundo? País de geografia inóspita, economia subdesenvolvida, fatores que tecnicamente desincentivam qualquer um a pagar US$ 15 mil para 5 ou 7 dias de turismo .

      Aqui no Brasil, falta um Plano de Metas para o setor de turismo, sob coordenação de um CDES de Turismo, agregando o setor privado profissional (aqui há confederações de turismo semi-profissionais, familiares que se perpetuam nessas entidades inúteis). Não basta ter um ministério inoperante como hoje. Do contrário, perderemos de goleado de nossos vizinhos. 

       

       

       

       

  6. Sim, mas..

    Acho que o motivo para a queda de 16% tem mais a ver com dois fatores: desvalorização do real, fazendo com que o gasto dos turistas em dólar diminuísse, e a inexistência de Copa do Mundo em 2015. Mas os problemas apontados no texto são reais.

  7. Turismo no Brasil

    Até para Brasileiros é difícil. Em 2014 fui com minha esposa e meus pais ao estado de Sergipe, chegando ao aeroporto alugamos um carro para ir até Maragogi. Haviamos reservado um carro com GPS, chegando lá, a atendente disse que o GPS era inútil, pois não funcionava no interior do estado. Então fomos nós as cegas… No fim chegamos bem ao nosso destino graças ao google maps, mas foi uma experiência pra lá de preocupante, pois a estrada era pessimamente sinalizada. Em 2011 fomos ao Rio Grande do Norte, e a mesma coisa, sorte que estavamos com um motorista que conhecia bem o estado.

    Não pensem que isso só aconteceu no Nordeste, no Rio de Janeiro, em São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, etc, é sempre a mesma coisa, vai tentar passear pelo interior do estado sem conhecer. 

    A falta de pessoas que falam Inglês é natural, pois é caro aprender a língua e em geral, as pessoas que estão na linha de frente do comércio vêm da base da pirâmide socia. Um profissional que fala inglês teria que ser melhor remunerado, assim, vai perguntar ao dono do estabelecimento se ele quer pagar mais… além disso, essa precariedade dos banheiros, é falta de fiscalização das prefeituras e talvez de uma legislação específica que estabelecesse padrões mínimos para um estabelecimento funcionar. 

  8. Acho que o problema é a

    Acho que o problema é a grande barreira da língua. Somos monoglota e se quisermos praticar outro idioma temos que nos deslocar milhares de quilômetros. Como não praticamos, não aprendemos. Até mesmo nossa elite é monoglota. Tanto que apareceu um Presidente que, diziam, era poliglota. Mas não se fez entender. Quando falava em francês ou em inglês, parece que ninguém entendia. Nem ele mesmo sabia o que estava dizendo. Por isso pediu que esquecessem tudo que havia dito e escrito. Tanto isso é verdade que o Presidente seguinte, sabendo ser monoglota, usava os profissionais para se comunicar e se fez entender que foi uma beleza. Até mesmo em português.

    O site do ministério é em português e não temos placas em inglês porque o risco de escreverem errado é muito grande e não querem correr esse risco. Por isso, acho que a grande barreira é a língua. Somos monoglotas e “zefini”.

  9. O número 3 já comprovei pessoalmente

    Um dos símbolos do Brasil é extremamente complicado de ser visitado. Fui num feriado prolongado, mas, de qualquer forma, foi difícil. Primeiro passei por um trânsito medonho; depois tive que estacionar a quilômetros do local, pois não tinha onde parar. Passei por duas filas imensas e não vi uma única pessoa que orientasse ou desse informações (havia uns poucos funcionários para pegar bilhetes ou arrumar fila, pouco ajudavam).

    Gostei do passeio; muito bonito e agradável, mas, ao menos tempo, fiquei com a sensação de “programa de índio”.

    Em suma, é uma pena que um país com tanto potencial para o turismo não saiba como capitalizar isso. Aqui ainda se pensa que turismo é coisa de ricos e/ou para privilegiados (algumas áreas no país que dariam para excelentes pólos turístico vão sendo transformados em condomínios cercados de segurança, principalmente em praias do sudeste).

  10. Na boa ? E vai piorar.

    Na boa ? E vai piorar.

    Só xenófobo xiita radical brasileiro vai achar que essa milenar situação vai melhorar um pouco (tudo nosso é em “um pouco”) depois que os americanos sedimentarem todas as estradas com o fim do embargo à Cuba. 

    A ilha vai a ser inundada com a geração que vai querer conhecer o porque do embargo. As agências venderão passagens a 100dólares pagas em 600 prestações no cartão de crédito.

    Dos europeus, 99,3% contiuarão buscando detinos na Ásia e na Oceania. Os poucos Chineses somente vem para comprar o específicado por suas empresas, trazem seus 500 maços de cigarros, cada um, e, no máximo, vão na esquina tirar foto da fachada do hotel. 

    Convenhamos. Não tão nem aí para o que existe abaixo da linha do equador.

    Para cá virão tres gatos pingados porque o primo do cunhado do vizinho espalhou que aqui é tudo desorganizado mas mulatas é barato.

    Enfim, anotem. Daqui há 343 anos os mesmos posts, espero que bem escritos que nem os do André, falando da inércia da confraria dos amigos da Embratur, das quadrilhas das máfias das Vans para levar incaltos, digo, turistas ao Cristo Redentor, e que, em lá chegando pagarão US$5,00 por um copo d´água.  

     

  11. Indústria sem chaminé

    O turismo possui várias conotações: de aventura, ecológico, de negócios e até sexual, dentre outros. Ainda, há o turista próximo (tipo Argentino) ou distante /remoto (europeus). Espanha recebe quase 7 vezes esse valor (US$ 32 bilhões), em turismo, mas, isso se deve a que existe muito turismo “local”, apenas comunicado por trem, desde toda Europa.

    Então, sendo assim, devemos entender como lidar com aqueles assuntos.

    Ocorre que, tirando os argentinos em Florianópolis, a maior parte dos turistas é remota e, estes, ao vir de longe e por maior tempo, precisam de infraestrutura de transporte e rede hoteleira equivalente à sua condição, normalmente de classe média (média para eles). Ocorre que Brasil nunca foi pensado para classe média, mas apenas para 10% da população mais rica. Avião contra pau de arara, resort 5 estrelas e favela.

    O aumento da classe média, nestes últimos governos, mostrou a falta de infraestrutura de todo tipo, com dondoca reclamando na TV por fazer fila em aeroporto.

    Brasil já possui toda a beleza natural necessária, eventos esportivos e até de negócios, faltando então a tal de infraestrutura de classe media, isto é: pousadas honestas (2 estrelas), metrô para sair do aeroporto, trem de ferro entre cidades, trem de alta velocidade entre o eixo do sudeste do Brasil e etc.., com preços compatíveis.

    Hoje nem a nossa classe media consegue viajar dentro do Brasil, por conta da falta de opção de infraestrutura de “classe media”.

    Temos ainda o processo inverso, de “desculturização” que faz que quase o mesmo montante levantado por André Araujo – em relação a turistas que visitam o Brasil, é gasto anualmente por famílias que levam meninos para Disney.

    Junto com o desenvolvimento do Brasil, baseado na educação, o fortalecimento da identidade e cultura nacional, e na verticalização industrial, haverá um aumento de turismo, redução da criminalidade e outros fatores sinérgicos que irão aumentar a conta. A balança irá aumentar enormemente entre o volume que entra a este lindo Brasil e pelo cada vez menor volume que sairá de alguns poucos meninos que insistirão em conhecer um pato e um rato de mentirinha em Disney.

  12. Bem, a Serra Gaúcha, sem a exuberância das paisagens de …

    Bem, a Serra Gaúcha, sem a exuberância das paisagens de outras regiões tem, sem muito apoio do governo federal ou estadual, construído o seu futuro  como destino turístico.

    Vou fazer uma pequena comparação que será extremamente desagradável aos cariocas, mas talvez entendam.

    No ano passado estava no Rio de Janeiro e peguei um desses pacotes turísticos para a Serra Carioca, apesar de Petrópolis e Teresópolis terem uma história invejável em relação a serra gaúcha vi que o tratamento dado ao turismo nestas cidades é algo de 5ª categoria a Gramado e Canela. Um verdadeiro LIXO.

    O lugar que a agência turística nos levou para ver os conhecidíssimos chocolates da Serra Carioca, mais parecia um boteco de beira de estrada do que um ponto de atração turística, olhar uma birosca daquele tipo em compará-la com as lojas que vendem chocolate na Serra Gaúcha é uma verdadeira piada.

    O restaurante que fomos, recomendado pelo guia turístico, até que a comida era razoável (não boa), mas o estado dos sanitários do mesmo era algo deplorável.

    Ou seja, por mais Museu Imperial que se tenha, por mais história, acho que em 1968 quando fui a primeira vez a mesma Serra do Rio de Janeiro tudo se degradou.

    A diferença principal é quando se quer fazer uma decoração de Natal, Páscoa ou mesmo para o Festival de Cinema, as prefeituras passam o pires pelos comerciantes e demais membros da chamada iniciativa privada, ele se comportam como iniciativa privada e não ficam esperando o Estado para produzir eventos e história (a história se cria a partir da fantasia dos turistas).

    Além disto cria-se uma história para o turismo na Serra Gaúcha, são parques públicos e privados, as mais diversas atrações que para turistas europeus ainda não é suficiente, porém isto é tudo uma questão de tempo. Não há ano, com o sem recessão, que não surja uma nova atração e se encontra bons resturantes e boas pousadas (nada superlativo) por preços extremamente convenientes. Também tem restaurantes e hotéis finos e caros, os resteurantes ainda não estão em nível internacional, mas com o tempo se chega lá.

    Em resumo, ficar esperando o ministério do turismo para resolver seus problemas é típico das regiões turísticas do Brasil, exceto a Serra Gaúcha.

     

    http://www.gramado.rs.gov.br/

     

  13. Discordo!

    Em 2014 tivemos o mega-evento Copa do Mundo, e, sendo assim, é natural que após um boom em 2014, tenha havido uma leve retração.

    Vamos ver este ano com as Olimpíadas, que serão somente no Rio.

  14. Rio de Janeiro única cidade

    Rio de Janeiro única cidade em toda a América a ter uma familia imperial, e aristocracia, europeia sangue azul morando e reinando aqui por muitos anos. Ahh se fosse na Flórida ….

  15. Tudo caríssimo

    O problema do turismo no Brasil é que tudo é caríssimo e o serviço prestado é horrível.

    Sorte de quem vive disso que o dolar está a 4 Reais, senão seria mais um ano com recorde de brasileiros viajando pra fora,

    incluindo destinos da America Latina.

    Como tudo no Brasil, o turismo só sobrevive porque existe uma restrição na aquisição de coisas melhores, hoje o dolar se presta a este papel limitando a maior parte da população a ter acesso à turismo internacional. Mesmo exemplo eu dou do mercado automotivo, com milhões de taxas, impostos e agora o câmbio.

    O problema do emrpesariado “brasileiro”(incluo os estrangeiros aqui tb) é esse, são aproveitadores que não perdem a chance de achacar os consumidores, mesmo quando “protegidos” pelas restrições que eu citei.

     

     

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