TV GGN 20hs: Braga Netto com a ultradireita mundial antes da chegada de Bolsonaro

A prova definitiva de que os militares montaram todas as parcerias com a ultradireita mundial bem antes do Bolsonaro assumir o poder, e a premiação de "Céu de Agosto" em Cannes

Jornal GGN – “A gente tenta buscar a visão radical, a raiz do que está por trás disso”, diz Nassif na abertura do programa. “Quando começou esse fenômeno do Bolsonaro, desde 2018/2019 começamos a fuçar em revistas e sites estrangeiros para entender esse avanço da ultradireita em termos mundiais”

“Quando começam as redes sociais, você tem alguns grupos específicos que aprendem a trabalhar as redes sociais, a questão dos algoritmos, de forma eficiente. E muitos desses grupos ligados ao submundo”, diz Nassif

“Você tinha os cassinos a partir de Los Angeles, a indústria de armas (…) Ficou nítido pra gente que o Steve Bannon, que é o grande guru da ultradireita, tinha atrás de si esses grupos que não conseguiam conviver com Estados regulados – Um Estado regulado não permite cassino, em um Estado desregulado o cassino anuncia no maior jornal brasileiro. Um Estado regulado não permite mineração em reservas florestais, um Estado desregulado permite”, pontua Nassif.

Nassif destaca que essa desregulação estava ligada “a um avanço do crime organizado, aliado à ultradireita, bancando a ultradireita. Essa ultradireita que emerge vem daquela ultradireita americana contra qualquer forma de Estado, liberdade acima de tudo, liberdade para matar, pra dar palavrão, todos esses angus”.

Foi elaborado um levantamento sobre todas as ligações dos Bolsonaro com essa indústria. “Por exemplo: essa indústria de Los Angeles bancou a campanha, não inteiramente, mas foi grande financiador do Trump, e grande financiador do primeiro-ministro de Israel – era aquela tríade do mal: o primeiro-ministro de Israel, o Trump e o Bolsonaro”, diz Nassif.

“Na primeira viagem do Bolsonaro aos EUA, o que o Trump pede: para abrir os cassinos aqui (…) Na segunda viagem de Bolsonaro, eles se colocam com aquele senador portorriquenho que era lobista da indústria de cassinos. A indústria de armas, a mesma coisa”

“Então, você percebe claramente que esse movimento da ultradireita foi impulsionado por esse pessoal. Daí surge Bolsonaro. E surge uma dúvida mais recente: que o Bolsonaro é filho disso, é, mas qual o papel dos militares nisso aí?”, diz Nassif

“Os militares foram à reboque de Bolsonaro, é uma versão (…) A outra versão é o seguinte: os militares montaram toda essa estratégia, aliada a grupos lá fora, e colocaram o Bolsonaro na frente, que era o único que eles tinham para ganhar popularidade (…)”

A partir daí, Nassif cita matéria do Brasil de Fato, que detalha uma compra efetuada por Braga Netto, então interventor no RJ, de equipamentos em situação excepcional – o que lhe rendeu uma verba de R$ 1,2 bilhão para gastar.

“Esse mesmo Braga Netto gastou R$ 146 milhões em compras no Rio de Janeiro, sem licitação recorrendo à questão da emergência”, diz Nassif. O que foi comprado: 15 mil pistolas Glock – “se você pega as pistolas Glock, quem são os maiores lobistas das pistolas Glock no Brasil: Eduardo Bolsonaro, desde o começo”.

“A segunda licitação, que é a que o Brasil de Fato traz, foi uma licitação para R$ 40 milhões em compras de coletes de segurança de uma empresa americana (…)”, diz Nassif, apontando semelhanças nas operações com a CTU Security e a Covaxin.

“A CTU é uma empresa que tem stand de tiro, clube de tiros e ela é especializada em contratar mercenários para guerras políticas. Ela foi acusada de estar envolvida na morte do presidente do Haiti”, diz Nassif. “Eles (CTU) já foram acusados de espionar o México, países que tem governos de esquerda. O dono é um exilado venezuelano, que tem esse clube de tiro (…) Quando você pega esse caso da Covaxin, quem é um dos principais envolvidos: a GSI”

“O que os dois casos tem em comum: esse da CTU está envolvido no Haiti, no assassinato do presidente do Haiti. O responsável pela GSI é um sujeito especializado em explosivos, que se aproximou da brigada brasileira que foi para o Haiti”.

“E quando você pega esse pessoal conspirador das Forças Armadas, ligado ao general Heleno, está o pessoal ligado ao Haiti”, diz Nassif, lembrando que o responsável pela GSI deu treinamento para os soldados brasileiros que foram ao Haiti.

“Qual é o fato novo: o fato é que a aliança com esse grupo das Forças Armadas do general Braga Netto ocorreu antes do fenômeno Bolsonaro. Isso faz a diferença”, diz Nassif. “Ou seja, essa ligação do Haiti e tudo ocorreu antes do fenômeno Bolsonaro”

“O que reforça a versão daqueles que acreditam que se tem uma estratégia desses grupos militares, e o Bolsonaro simplesmente foi colocado como símbolo desse grupo”, diz Nassif.

“O governo é intrinsicamente militar. Está chegando o Centrão, assumindo aí o coração do Planalto, é por desespero dessa banda militar que sabe que vai dar um bode monumental quando as ordens da Casa Civil, do general Braga Netto, forem divulgadas pela CPI”.

Nassif entrevista a cineasta Jasmin Tenucci, que foi premiada em Cannes pelo seu curta “Céu de Agosto”. “É um curta metragem de ficção, que ganhou uma menção honrosa do Júri em Cannes”, diz Jasmin

“O Brasil tem oferta, a gente tem mão de obra para tudo, a gente tinha os mecanismos de incentivo que mantinham não só o cinema de arte, mas também o cinema de público também. E às vezes ambos. E também a Lei da TV, ela também impulsionou o mercado”

“A gente tem uma indústria grande, mas é claro que ela precisa de um incentivo, enfim (…) A indústria audiovisual emprega muita gente, mas desde o governo Bolsonaro, começou até um pouquinho antes com o governo Temer, mas no governo Bolsonaro os incentivos nacionais foram extintos”

Redação

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. E apesar dessa bandidagem planetaria voce jura que as urnas caboclas sao 100% seguras, porque tem a garantia da confiabilissima justica brasileira…!

    Quem acredita nisso acredita em qualquer coisa, diria o saudoso Paulo Nogueira.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador