TV GGN 20hs: começa a ser desenvolvida a vacina brasileira

Confira o comentário diário de Luis Nassif; neste programa, o jornalista entrevista Marco Krieger, vice-presidente da Fiocruz

O TV GGN 20 horas desta sexta-feira (13/11) destaca a produção de uma vacina brasileira contra a covid-19 pelo laboratório Fiocruz. Veja este e outros destaques a seguir.

O programa começa com a divulgação dos dados de covid-19 no Brasil. Existem dados hospitalares que mostram aumento das internações, muito por conta do relaxamento do isolamento social das classes A e B, em específico.

Na análise por estados, sete apresentam alto crescimento, cinco estados tem crescimento moderado, seis estados tem dados estáveis, enquanto nove estados apontam queda de registros.

Na análise global, chegamos a 50 milhões de casos registrados no mundo. O destaque ficou com os Estados Unidos, que registrou 153 mil novos casos em um único dia. “No mundo, tanto a curva de casos como de óbitos está em amplo crescimento na média dos últimos sete dias”

Na análise global, chegamos a 50 milhões de casos registrados no mundo. O destaque ficou com os Estados Unidos, que registrou 153 mil novos casos em um único dia. “No mundo, tanto a curva de casos como de óbitos está em amplo crescimento na média dos últimos sete dias”

Sobre o avanço da covid-19 nos Estados Unidos, os dados da Johns Hopkins mostram uma segunda onda de covid-19 em estados como Califórnia, Flórida e New York

“Peguei alguns dados do TSE para um estudo estatístico sobre candidatos a prefeito, “e é impressionante como o corte social é nítido: 55,8% tem supoerior completo e 5,7% tem superior incompleto.

Ao se ver as profissões, o maior número de profissões é empresário, seguido por prefeito, advogado, agricultor, comerciante”.

O segundo corte é terrível: por cor e raça, 63,9% dos candidatos são brancos, 31,8% são pardos e 4,3% são pretos. “Índios e amarelos nem coloquei, pois nem ia aparecer na estatística”

“Na análise por partido, os partidos com mais proporção de brancos dentre os partidos de direita são o PSDB, o Podemos, o MDB, e o PSL, e quando você pega o PT, tem mais da metade de brancos. Quando você pega os pretos, o PT tem 10,7%”

“Quando você pega os partidos de esquerda, o partido que tem mais brancos como proporção de candidatos é o PDT, com 63%, seguido pelo PT com 54,4%, seguido pelo PSOL e o PC do B. Entre os pretos, o PSTU tem 52% de pretos, e em mulheres também tem uma proporção muito boa”

Nassif entrevista Marco Krieger, vice-presidente da Fiocruz, que deu início ao desenvolvimento de uma vacina brasileira contra a covid-19. “Estamos enfrentando uma emergência como nunca vista na humanidade, mas estamos preparados como nunca estivemos”, diz Krieger.

“Em dois dias, nós já tínhamos a sequência completa e identificada de qual era o agente causador. Isso permite que a gente imagine uma nova velocidade no desenvolvimento de ferramentas de enfrentamento dessas emergências”, explica Krieger

“Dentro do nosso trabalho na Fiocruz, identificamos vários projetos brasileiros e projetos internos que continuamos apoiando, ao mesmo tempo em que fomos fazer uma avaliação dos projetos que estavam mais avançados internacionalmente em relação ao desenvolvimento da vacina”, diz Krieger

“Frente a emergêncai sanitária que estamos tendo, estamos trabalhando de uma forma muito mais intensa e admitindo o paralelismo.

Não estamos abrindo mão dos dados de segurança, mas estamos iniciando os estudos clínicos fase 1 por exemplo e, depois de dois a três meses, com dados satisfatórios, mesmo que o estudo vá permanecer durante um ano para coletar todas as informações, iniciamos a fase dois.

“Esse desenvolvimento clínico é muito importante mas não é o único desafio. Então, a gente também está paralelizando o início da produção mesmo antes de as vacinas estarem aprovadas”.

“É urgente que a gente ofereça para a humanidade uma nova ferramenta para o controle da pandemia e, infelizmente, a gente não está conseguindo controlar muito bem no Brasil e no mundo. Realmente, o uso do conhecimento científico é muito importante para esse enfrentamento”, diz Krieger.

Outro ponto relevante é o caso Amapá, onde documentos internos mostram que a subestação operava no limite da capacidade sem condições de ser imediatamente religada. “Isso comprova tudo o que falamos sobre privatização. A lógica da privatização para esse pessoal é um negócio”

“Você não tem regulação adequada – e não tem, as agências reguladoras são cooptadas pelo setor privado (…) O foco é maximizar o lucro para o comprador”

“Esses espanhóis teriam de fazer um conjunto de investimentos, o que significava reduzir os dividendos, reduzir o lucro. Então a ONS fecha os olhos, o Ministério de Minas e Energia fecha os olhos, e você tem um baita de um prejuízo e você não tem responsável”

“Tem que ter um mínimo de racionalidade para pensar o país como um todo, e pensar em um papel essencial: no setor elétrico, a Eletrobrás tem um papel essencial como fornecedora de energia, como moderadora das tarifas de energia e como integradora de todo o sistema”

Você vai entregar tudo isso para um setor privado, cujo único objetivo o grande salto de lucros. E o salto de lucros é a mesma jogada que fizeram na primeira fase da privatização

“O que eles fizeram na primeira fase da privatização: eles pegam um momento em que a empresa estava arrebentada, e fixavam um preço em cima da empresa arrebentada, e não em cima do que a empresa renderia depois que fosse privatizada”.

A Eletrobrás é a mesma coisa: ela poderia ter um baita de um lucro maior se a energia dela fosse jogada no mercado livre. Mas daí as tarifas explodiriam.

Então, eles pegam o valor da Eletrobras, vendem para uma empresa privada e eles tem autorização para pegar a energia que hoje é entregue de forma barata e jogar no mercado livre. Daí o preço explode e dá um baita lucro. E vai se falar ‘viu como o setor privado é mais eficiente?’

E no entorno, todo aquele aumento das tarifas que impacta a pequena empresa, impacta consumidor, que já inviabilizou o Brasil para uma economia competitiva em termos de alta intensidade de energia, vai para o vinagre.

“Esse caso do Amapá é típico, e não repercute porque se tem mercado todo empenhado nos grandes negócios”

“Os Correios é a coisa mais estratégica não apenas para levar informação, mas também para viabilizar a competição entre os varejistas. Daí, vão entregar para um grupo privado que vai ter quase que o monopólio da distribuição. E aí quem vai comandar? O pessoal que está montando distribuição própria, e não vai ter um grande operador capaz de viabilizar o pequeno negócio”.

“Você pega tudo aquilo que leva ao desmonte, à concentração de renda, à inviabilidade do pequeno e depois, quando pega o efeito geral, você aponta o efeito mas vai deixando passar em branco as causas. E o efeito não tem causa, a miséria não tem causa”

Redação

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Serviço público essencial deve ser monopolio estatal com adequado controle público. Monopólio ou oligopólio privado de serviço público essencial é o pior dos mundos.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador