Ar brejeiro: a nova onda high society

O sol nos convida para festejar mais um dia de vida. Ir ao clube, à praia, mergulhar na cachoeira e pescar. Ah! Como adoro pescar!

O ato de cavar profundamente em terreno amolecido por seres de formas cilíndricas traz a sensação de poder que tanto nos inflama e que as vezes nos inebria

A caçada principal vem da água doce que corre em qualquer bangalô cinco estrelas que se preze, por isso, frequento reiteradamente. É o nosso recanto, meu e da Maria.

Rico sou, rico sou por isso. Não duvidem, felicidade é para poucos e só nesse mundo de poucos há de se ter privilégios como navegar em um encouraçado a remo.

Quem não frequenta não faz parte, não pode se considerar dono. Sou dono da praia porque lá frequento. Sou dono do mar porque lá navego. Sou dono do ar porque lá eu plaino. Sou dono da minha rua porque lá eu moro.

Se de tudo dono eu sou, guardo-me o direito de farofar de forma triunfante, pois vida de rico requer saber pescar tilápias, coisa que a patuleia jamais entenderá senão como pecado capital.

 

 

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador