Jilmar Tatto defende CPI da Privataria

Por Marco Antonio L.

Do PT na Câmara

Tatto defende CPI da Privataria e cobra explicações de FHC sobre lista de Furnas

O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), conseguiu aprovar hoje (12), na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, requerimento em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é convidado a dar explicações sobre a chamada “Lista de Furnas”, esquema criado por tucanos em Minas Gerais para financiar campanhas políticas com “caixa dois” às custas da empresa estatal.

“O depoimento de FHC é fundamental, já que ele tem expertise na área e deve explicar como se deu o envolvimento dele e de seus auxiliares com o esquema”, disse o líder. A justificativa envolve o esclarecimento de “informações contraditórias sobre documento relativo a doações a agentes políticos que teriam sido levadas a efeito por Furnas”.

Na mesma sessão da comissão foi aprovado convite para que o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, também preste depoimento. O requerimento a respeito de Gurgel é de autoria do presidente do colegiado, senador Fernando Collor (PTB-AL). O objetivo é obter de Gurgel explicações sobre como se dá a relação entre o MPF e os órgãos de inteligência do Estado.

O líder Jilmar Tatto também defendeu hoje a instalação imediata da CPI da Privataria, cujas assinaturas já foram coletadas pelo deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). O líder vai tratar deste tema hoje, com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), de quem depende a decisão de instalar a CPI.

O pedido de abertura da CPI baseia-se no livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. A obra, resultado de 12 anos de investigação sobre o processo de privatizações das empresas estatais no Brasil, destaca documentos que apresentam indícios e evidências de irregularidades nas privatizações que ocorreram durante a administração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, além de amigos e parentes de seu companheiro de partido, José Serra.

Os documentos procuram demonstrar que estes políticos e pessoas ligadas a eles realizaram, entre 1993 e 2003,movimentos de milhões de dólares, lavagem de dinheiro através de offshores – empresas de fachada que operam em Paraísos Fiscais – no Caribe.

Luis Nassif

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador