Ricardo III, Medeia e os meios de Flordelis
por Arnobio Rocha
Ontem reli partes da peça Ricardo III, para um trabalho, ao mesmo tempo pela questão da Flordelis.
A simples condenação moral não resolve a complexidade do caso, temos que ir além da razão.
Temos que buscar uma compreensão humana, arquétipos, por exemplo, em Medeia, a “bruxa estrangeira”, que traíra seu pai e país, pelo amor de Jasão.
Quando ferida pela traição de Jasão, seu “marido”, urde um plano de vingança cruel em que mata a futura esposa dele, depois mata os próprios filhos.
No caso de Ricardo III, a sua sanha pelo poder, o trono desejado, faz com mate seus “concorrentes”, irmãos, sobrinhos, tios, no meio dessa carnificina rumo ao trono, ele seduz D. Ana, a viúva, no velório do marido (que aparentemente foi morto por ele).
São coisas que parecem que estão na ficção, muitas vezes a realidade é pior, os estupros, incestos, homídios, parricídios, são facetas humanas, que mexem com o “normal”.
A reflexão não é feita para diminuir o choque, ou sermos indiferentes aos fatos, mas na lógica humana há razões que a razão, muitas vezes, desconhece.
Instintos, sombras, síndromes, seja lá o que for, temos que buscar um entendimento para nossa condição humana, ainda que nos provoque pavor.
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Muito importante o que foi colocado…
também fiz uma comparação com a trama ficcional do filme Em Nome da Rosa e por mais que tenha tentado evitar não consegui interpretar de outra forma a não ser: que é na linguagem sublime por intermédio da qual se comunicam com seus falsos deuses que escondem suas monstruosidades
[[[em qualquer um dos planos existenciais, livres de afetações externas, não existe nada que o Amor Verdadeiro necessite esconder]]] Nasce e morre amor verdadeiro