Tania Maria – Diva do Jazz

Do blog de Laura Macedo, no Portal LN

Tania Maria Correa Reis (9/5/1948), pianista, cantora e compositora, nascida em São Luis do Maranhão, começou a estudar piano ainda menina, influenciada pelo pai, também músico. Aos 2 anos de idade deixou sua terra natal com a família e foi morar na cidade de Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro. Na adolescência, ganhou um concurso oferecido por Ary Barroso, pois já se destacava por sua maneira de tocar.

Iniciou a carreira via Rio de Janeiro e São Paulo, onde já fazia apresentações em diversos clubes de Jazz. Nesse período, ainda gravou discos como “Tania Maria e seu conjunto pra dançar“, “Apresentamos Tania Maria” e “Olha quem chega“, os quais não tiveram muita repercussão aqui no Brasil.

 

Pout-Pourri: “Feitiço da Vila” (Noel Rosa/Vadico), “Feitio de oração” (Noel Rosa/Vadico), “Não tem tradução” (Noel Rosa), “Com que roupa” (Noel Rosa) e “Três apitos” (Noel Rosa) # Tânia Maria (voz e piano), Noel (guitarra), Luis Marinho (baixo) e Edison Machado (bateria). 

 

Ficou na saudade” (Maurício Einhorn/Arnaldo Costa/Sérgio A. S. Leite) # Tania Maria (voz e piano), Neco (guitarra), Maurico Einhorn (gaita), Luis Marinho (baixo) e Edison Machado (bateria). 

Terra de ninguém” (Marcos e Paulo César Valle) # Tânia Maria (voz e piano), Neco (guitarra), Luis Marinho (baixo) e Edison Machado (bateria).

Nas suas apresentações foi convidada a inaugurar um clube de Jazz que seria aberto em Paris, e seus concertos resultaram em um grande sucesso na Europa, visto que seu estilo musical agradou muito mais ao velho continente. Inacreditavelmente o Brasil perde Tania Maria. Ou melhor, não perde, mas deixa de ter.

Seus concertos então são vistos por um grande e exigente público que facilmente se rendeu ao ritmo e a identidade de Tania ao piano. Seus improvisos no “Scat” e sua maneira às vezes ácida de tocar mostraram que havia alí uma compositora cheia de emoções e notas inumeráveis, sem falar de seu talento nato.

Seus álbuns começam a ser lançados na Europa e países como a Dinamarca e França registram trabalhos realmente diferenciados, onde constata-se uma artista totalmente dedicada ao seu ofício e realizando-o com prazer, para nosso inteiro prazer.

Já participando de festivais de Jazz, Tania assina então com uma gravadora Americana que já estava atenta a este novo talento. Ela se muda então para os EUA onde grava pelo selo Concord álbuns como “Piquant” e “Taurus“, entre outros, pois Tania Maria morou nos EUA até 1997, ano em que retorna a Paris, onde reside atualmente. 

Hoje com mais de 25 álbuns gravados pelo mundo, Tania Maria faz há 30 anos concertos nos principais festivais de Jazz do mundo, como Tóquio, Nova Orleans e Nice, para plateias que vibram com seu carisma, simpatia e improviso no piano, além de suas letras repletas de inspiração em imagens e personagens que fazem ou fizeram parte de sua vida.

Sem qualquer tipo de apresentação no Brasil por 30 anos (pasmem,30 anos!), Tania foi convidada em 2005para um projeto no Sesc Pompéia, em São Paulo, chamado “Mulheres do Brasil”, que apresentou cantoras e compositoras brasileiras com carreira no exterior. Retornou ao país em 2007, 2008 e 2011. Suas apresentações deixaram de boca aberta muitos brasileiros que sequer sabiam da existência desta fantástica artista. Na sua obra, porém, o país nunca perdeu espaço. A cada disco, a maranhense, aprofunda a busca por suas raízes.

Confiram a entrevista de Tânia Maria concedida ao programa Metrópolis (TV Cultura), em 17/11/2011, bem como outros vídeos selecionados. Caso você não conheça Tania Maria, irá apaixonar-se. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Dedico este post ao meu compadre/cunhado Antônio de Pádua Andrade, um dos maiores colecionador de Discos de Teresina (PI).

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Fontes:

– Site Oficial Tânia Maria

– Blog Tânia Maria Viva Maria

– Dicionário Cravo Albin da MPB

Luis Nassif

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