Tim apresenta lucro líquido de R$ 385,5 milhões

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A operadora de telefonia Tim apresentou um lucro líquido de R$ 385,5 milhões durante o segundo trimestre do ano, variação 12% acima do registrado no mesmo período do ano passado.

Para os analistas da corretora Concórdia, o resultado apresentado pela Tim foi considerado favorável, com destaque para a resiliência vista diante do cenário de desaceleração apresentado pela telefonia móvel nesse último trimestre. “A operadora conseguiu manter o crescimento do segmento pré-pago, mesmo que em ritmo bastante inferior, e elevar o foco na adição do pós-pago, visando à maior rentabilidade do segmento”, ressaltam os agentes.

Entre os pontos que influenciaram a melhora operacional, estão a expansão da base de assinantes (+4,8%), o aumento de pós-pago no mix, a elevação do uso de serviços de dados, e o maior tráfego entre os seus próprios assinantes por meio dos planos da família Infinity e Liberty. Tais fatores acabaram compensando parcialmente o decréscimo da receita com interconexão. 

De acordo com balanço financeiro, a receita bruta apurada pela operadora somou R$ 7,4 bilhões no trimestre (alta de 9,3% na comparação anual), sendo R$ 5,85 bilhões oriundos de serviços móveis, que cresceram 6,2%. O destaque do período ficou com o crescimento de 25,3% das receitas com serviços de valor adicionado, que fecharam junho em R$ 1,3 bilhão graças à forte adesão aos planos de dados Infinity e Liberty Web e à contribuição positiva do Infinity Torpedo.

A receita com venda de aparelhos aumentou 49,2% em relação ao segundo trimestre de 2012, somando R$ 1,28 bilhão. As receitas brutas de serviços fixos, que incluem Intelig, TIM Fixo e Live TIM, por outro lado, caíram 31,1%, para R$ 285 milhões, devido a reestruturação dos negócios da Intelig. A receita líquida total chegou a R$ 4,9 bilhões, crescimento de 8,7% em relação ao segundo trimestre do ano passado.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 1,8% na comparação anual entre trimestres, para R$ 1,232 bilhão; e a margem EBITDA recuou de 26,6% para 24,9% no período.

A linha de custos apresentou maior pressão, principalmente, pelo aumento das despesas com pessoal, tendo em vista o aumento do número de lojas próprias e pelo maior custo com produto vendido, refletindo diretamente na redução de 1,7 ponto na margem Ebitda da TIM. Caso desconsiderado o efeito não-recorrente sobre o Ebitda o mesmo apresentaria crescimento de 4,4%, com margem de 25,3%.

Outro ponto de destaque esteve ligado ao aumento da cobertura do sinal de 3G em cidades de grande porte populacional e a entrada da comercialização do 4G, em São Paulo e em Curitiba, dentro do prazo estabelecido pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), além do serviço de ultra banda larga, oferecido pela “Live Tim”, perfazendo uma boa opção para os clientes.

Os analistas também consideraram favorável para a operadora a conclusão do processo referente à acusação sobre a queda proposital de chamadas, com a elaboração de um relatório final da Anatel, que libera a companhia da suspeita de ter realizado qualquer conduta irregular.

“Quanto às perspectivas, elas seguem desafiadoras, dado o cenário econômico desacelerado e a elevada base de clientes já estabelecida no país. Contudo, acreditamos que a companhia adotará medidas, para se manter mais resiliente diante desse cenário, como diversificação de negócios, desenvolvimento e expansão gradual do 3G/4G e criação de novos pacotes de oferta, visando a real necessidade do cliente”, dizem os analistas da Concórdia.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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