A história de como Sergio Bernardes virou amigo do ladrão

Sugerido por mcn

Do O Globo

A incrível história de como Sergio Bernardes virou amigo do ladrão

Maria Fortuna

 

O documentário sobre Sergio Bernardes que passa hoje no festival “É tudo verdade”, traz cena curiosa, conhecida na família do arquiteto como “a história do ladrão”. Foi assim: a mulher de Sergio acorda apavorada com um barulho no andar de baixo e pede que ele vá checar. Sergio se depara com um ladrão, e o que ele faz? Prepara um ovo frito para o bandido. “Mas você veio aqui para roubar, né?”, pergunta. Em seguida, coloca presentes numa sacola. O homem diz que não tem como levar tudo aquilo.

Segue a história

É aí que o arquiteto resolve dar uma carona ao ladrão. Papo vai, papo vem, pergunta por que ele rouba. “É que estou desempregado”. No dia seguinte, Sergio arruma um emprego de vigia numa loja de materiais de construção para o rapaz e acaba virando padrinho do filho dele. Fim.

 

Redação

16 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Belíssima história…e se não

    Belíssima história…e se não fosse, gostaria muito que fosse VERDADEIRA.

    É um refresco para a alma e o coração…

      1. Crença

        Jota não cadastrado,

        Você certamente não sabe nadica de nada a respeito do arquiteto, além de indicar ser pessoa que não acredita em nada.

        Procure conhecer a vida e os diversos projetos de Sergio Bernardes (mesmo que você nunca tenha ouvido falar dele) , você vai dar de cara com idéias que até o lá de cima duvidava, até conhecer o traço do brilhante arquiteto.

        O ante-projeto para o transporte público do RJ, com trens cortando os morros, é genial, e não foi prá frente, em parte, por conta de pessoas como você, que não conseguiram visualizar, não acreditaram na idéia.

        A propósito, nunca estive com Sergio Bernrdes, muito embora tenha estado com pessoas que o conheciam muito bem obrigado.

      2. Não é lenda…

        Eram outros tempos, só isso. Os ladrões, invariavelmente, não portavam armas (ladrão # assaltante).

        Nos meus tempos de criança lembro do vizinho contando que espantou ladrão a vassouradas.

        Na cidade onde nasci, no interior mineiro, onde quase todo mundo conhecia todo mundo, um receptador de objetos roubados soube que uma antena de tv a cabo foi furtada da casa da minha irmã, que já tinha ajudado um irmão do receptador antes. Ele devolveu a antena da minha irmã dizendo que um amigo dele tinha achado no lixão…

        Você encontrará muitos e muitos relatos deste tipo nos “causos” de cidades do interior.

  2. Essa historia maravilhosa,

    Essa historia maravilhosa, entre as mil do Sergio Bernardes, lembra outra do Pixinguinha.

    O maestro voltava tarde para casa, depois de muita boemia, quando se deparou com dois ladrões, no portão.

    Pediram o relogio, a carteira, ate que um dos bandidos reconheceu Pixinguinha.

    “Desculpas, doutor, não sabiamos que se tratava do senhor”, disse um eles, devolvendo os objetos roubados.

    “Tudo bem, meus filhos, é tarde mas ainda da para tomar uma cervejinha”, respondeu o maestro, os convidando para entrar.

    Contaram muitas historias,deram muitas risadas,ate que um dos ladrões se levantou, dizendo que precisavam ir embora, porque ja era tarde.

    Na despedida Pixinguinha perguntou:

    “Sera que voces não estão precisando de um dinheirinho emprestado”.

    So um homem, capaz de atitudes assim, poderia compor uma musica como “Carinhoso”.

  3. Estória de ladrão.

    Conheço uma estória parecida com essa mas tão boa quanto.

    Foi com um vizinho amigo meu.

    Morava com a esposa em uma casa de dois andares em frente ao palacete de um ricaço.

    A mulher acordou no meio da noite ao ouvir um barulho, aparentemente na cozinha localizada no térreo.

    Acordou o marido e pediu que ele desse uma olhada.

    O marido desceu pé-ante-pé e encontrou um ladrão na despensa da cozinha às escuras, comendo um pão dormido.

    O marido acendeu a luz bruscamente e disse: “Boa noite, seu ladrão”

    O ladrão quase morreu de susto e falou: “Só queria uma comidinha”.

    O dono da casa chamou a esposa, apresentou-a ao ladrão e pediu: “Mulher, prepara um prato de comida, por favor, para o seu ladrão”.

    O “Seu Ladrão” comeu à vontade o resto do jantar do dia anterior.

    O meu amigo, então, ofereceu sobremesa, água, cafezinho e fio dental ao “Seu Ladrão” e convidou: “Seu Ladrão, quando o sr. estiver com fome venha na hora do almoço ou do jantar, pois este horário da madrugada é muito inconveniente”

    Depoi levou o “Seu Ladrão” até à janela e recomendou: Agora, é o seguinte; está vendo aquele palacete em frente. Ali tem coisas que até Deus duvida. E não tem segurança nem cachorro. Lá, o sr. vai encontrar tudo que pediu a Deus e ao seu santo de preferência. Boa sorte.

  4. Os Miseráveis de Victor Hugo

    A história lembra o enredo do livro “Os Miseráveis” de Victor Hugo, em que Jean Valjean rouba um padre e, quando levado ao padre para devolver, o padre diz que ele tinha dado tudo ao Valjean e que este ainda havia esquecido outras coisas que ganhara, como dois candelabros de prata…

    Versão de 2000 com o Depardieu, com detalha da cena:

    http://www.youtube.com/watch?v=96rWCDNZrnk

     

  5. Para os que acham que somente

    Para os que acham que somente as pessoas sozinhas  podem mudar suas vidas. Existe tamném uma coisa chamada oportunidade.

  6. “Pô, tudo tem limite, né!”

    Não tão bela nem tão educativa, mas no ramo dos ladrões posso contar uma:

    Morador de Ipanema, casei e mudei para Sampa (na ordem contraria).

    Como a sede de minha empresa era no Rio, vivia na Ponte Aérea e de vez em quando aproveitava a ligação de feriados, levando a paulistana “patroa”.

    Enquanto eu trabalhava ela obviamente pegava uma prainha.

    No fim de semana, já com ela na praia,o vendedor de cerveja, velho conhecido e morador ali da Pavãozinho, me chama e pergunta discretamente:

    “Aquela moça ali é sua namorada, né?”

    Sim, é minha esposa, por que?

    “Pô cara, eu já tinha te visto com ela, por isso vô te pedir um favor. Fala pra ela não vir pra praia cheia de balangandãs. Passei a semana toda “segurando a rapaziada”, porque sabia que ela tava contigo. Mas outra semana mais não vai dar não…”.

    Só então reparei que ela realmente estava de brincos, correntes, braceletes, anéis, relógio e quetais. Pacote completo, e nada era “biju”.

    Agradeci a “proteção amiga” e fui dar uma bronca educativa na carametade, que talvez pensasse estar em St.Tropez…

    Como vemos esta bela estória do grande Sergio Bernardes também pode ter contrapontos do outro lado…

     

    PS: Nunca mais tendo visto o “protetor”, soube que ele morrera com um tiro na comunidade.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador