“Até nesse momento ela foi uma leoa, morrendo e sendo um escudo”, diz assessora de Marielle

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A assessora de Marielle Franco concedeu entrevista a um programa da TV Globo relatando como conseguiu sobreviver ao atentado que culminou no assassinato da vereadora e do motorista Anderso Gomes. Sem divulgar sua identidade, ela fez uma homenagem a Marielle, afirmando que a militante foi uma “guerreira” até no momento da morte.
 
“Eu não acredito que eu estava ali. Eu não entendo como saí daquilo. Na verdade, a Marielle foi meio escudo. Sobrevivi por ela, graças a ela. Até nesse momento ela foi uma leoa, morrendo e sendo um escudo. Isso é muito emblemático. A Marielle é uma rainha guerreira. Era nossa rainha nagô”, disse.
 
A assessora disse que quando ouviu os disparos contra o lado direito do carro, onde estava sentada Marielle, se abaixou, achando que estava no meio de um tiroteio. Ela disse que conseguiu colocar o carro em ponto morto e puxar o freio de mão quando o veículo perdeu muita velocidade. Quando o carro parou, ela saiu rastejando e procurou ajuda. Percebeu, então, que não havia tiroteio.
 
“Fui percebendo que não tinha tiroteio. Andei abaixada para a parte de trás do carro e levantei minhas mãos sinalizando para os carros que estavam passando, gritando por socorro. Nesse momento chegou uma mulher, foi um anjo, me acalmou. Eu só queria ligar para o meu marido e para a ambulância”, relatou.
 
A assessoria ainda destacou que no momento em que a polícia chegou, teve a confirmação de que havia “dois mortos e uma sobrevivente”. “A coisa da sobrevivente me marcou muito. Por quê? Porque eu queria a Marielle viva. Porque eu queria o Anderson vivo. Porque sobreviver é uma coisa muito cruel. Por que eu preciso sobreviver? Que coisa horrenda é essa? Que violência é essa?”, indagou na entrevista.
 
A edição de O Globo desta segunda (19) frisou que, agora, a assessora está “apavorada, despedaçada. É um medo inconsciente e irracional. Medo dessa vida. Dessa cidade, desses criminosos. Como não ter medo?”
 

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Lágrimas de crocodilo.

    Essa firma, “Globo”, devia ser fechada, ter demolidos os seus prédios, destruídos os equipamentos – mesmo que sob choro de jornalistas democratas – e salgado o chão onde estiveram, além de banidos da sociedade brasileira seus donos e diretores, mesmo que o banimento seja proibido pela Constituição.

    Onde já se viu?! Ela é importante membro da turma que levou a morte à Marielle e agora vem querendo capitalizar essa morte para si, publicando audiovisual ou impresso simpático à assassora.

    Não merece segunda (ou terceira, ou quarta, ou quinta) chance, tanto quanto não merecem as firmas “Abril”, “OESP”, “Folha”… nenhuma dessas.

     

  2. A Globo e seu poder!!

    Curioso, nós entendemos que existe lado. E a Globo é contraria a nossos interesses, mas as que estão na linha de frente (esquerdas) não entendem assim. Por que será que uma assessora, digamos progressista, dá a primeira entrevista para a Globo????

  3. Celebridade global

    A rede esgoto carreando o rebanho. Foi assim em 2013 e no golpe com os patos manifestoches amarelinhos.

    Para que serve a intervenção militar?

    Marielle viva gostaria de estar e ser uma heroína do fantástico, o show da vida?

    Marielle foi morta pelo aparato repressivo do Estado brasileiro.

    Não vi ou ouvi globo VTNC nas manifestações.

    MARIELLE: PRESENTE!!!

     

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