urnas eletrônicas

Por Patricia Faermann

Entenda o funcionamento, segurança e curiosidades

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Como funcionam as

A urna eletrônica surgiu no Brasil há 26 anos e desde 2000 a votação é 100% eletrônica. A tecnologia é um projeto brasileiro, criado e fiscalizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Enquanto o próprio presidente Jair Bolsonaro questiona o processo eleitoral, um sistema de tecnologia de segurança avançado, periodicamente fiscalizado, rebate quaisquer dúvidas.

As urnas chegam lacradas no dia da votação e são ligadas pelo mesário, que imprime o comprovante de que não há votos registrados no equipamento.

O sistema não funciona por internet, e sim por um software com mais de 30 barreiras de segurança

O programa desbloqueia a urna para começar a funcionar às 8h em ponto, quando as portas dos locais de votação são abertas aos eleitores.

Station Clock

A votação só é liberada após o mesário e a identificação biométrica confirmarem os dados do eleitor: seção e se está apto a votar.

Em seguida, um sistema de criptografia registra o voto e cria uma assinatura digital única, que impede a leitura normal do voto (transformado em códigos) e garante sigilo e segurança.

Na prática, se alguém tentar alterar este voto, a assinatura perde a validade, imediatamente a urna para de funcionar e a fraude é detectada.

Esses códigos são gravados em dois dispositivos de cartões de memória e um pendrive com o resultado final daquela urna.

O sistema bloqueia a urna às 17h, ao fim da votação, e o mesário imprime 5 cópias do boletim de urna.

Station Clock

O boletim é um comprovante com a quantidade de votos registrados naquela urna para cada candidato. Uma cópia é colada na porta da seção eleitoral.

O mesário leva o pendrive, criptografado e com assinatura digital, ao cartório eleitoral. No cartório, os dados são enviados à central da Justiça Eleitoral por uma rede interna protegida do TSE.

Enquanto os dados são recebidos pela central da Justiça Eleitoral, a contagem é divulgada, em tempo real, à população.

Por fim, um resumo digital com os arquivos dos dados criptografados e programas é publicado automaticamente no TSE.

É impossível violar uma urna eletrônica ou sua assinatura digital, desde o voto até o envio final à Justiça Eleitoral, sem deixar rastros no resumo digital.

Não é só o Brasil que usa esse sistema de votação: outros 23 países também utilizam urnas eletrônicas nas eleições.

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Texto: Patricia Faermann Criação: Gabriella Lodi Imagens: Abdias Pinheiro/SECOM/TSE, Tenor, Divulgação/TSE