Em 1938, um ano antes do início da Segunda Guerra Mundial, os jogadores ingleses se curvaram ao Führer em um amistoso contra a Alemanha Nazista, em Berlim.
Às vésperas da Segunda Grande Guerra, o primeiro-ministro britânico, Neville Chamberlain, adotou uma postura que ficou conhecida como Política do Apaziguamento.
Naquele momento, o temor europeu com o expansionismo alemão já era realidade. Nesse contexto, o líder inglês articulou a realização do amistoso contra os nazistas.
Para Goebbles, ministro da propaganda de Hitler, era uma oportunidade de ouro:“Uma vitória no campo de futebol é mais importante para a população do que a conquista de uma cidade em território inimigo.”
Considerando que os ingleses inventaram o futebol, era uma chance ímpar dos nazistas mostrarem a suposta superioridade da raça ariana.
Momentos antes da bola rolar, o embaixador britânico em Berlim, Neville Henderson, entrou no vestiário inglês e ordenou que todos fizessem a saudação nazista em campo.
Dito e feito. Todos os atletas da Inglaterra se curvaram ao Führer. A cena entrou para a história como um dos episódios mais vergonhosos do esporte.
Dizem que Stan Cullis, à época zagueiro do Wolverhampton, foi o único que se recusou a fazer a saudação nazista. A informação nunca foi confirmada. Segundo o jornalista esportivo PVC, trata-se de “lenda”.
Mesmo com a vitória da Inglaterra por 6 x 3, a cúpula do governo nazista deu-se por satisfeita.
Afinal, o simbolismo daquele gesto, vindo de uma potência como a Inglaterra, era mais importante politicamente do que qualquer placar em campo.
A mistura entre futebol e política produz episódios memoráveis. No entanto, nem sempre eles são dignos de reverência. Foi o caso daquele 14 de maio de 1938.