Como o governo Bolsonaro abriu o Ministério da Educação e Cultura (MEC) para a corrupção

Por Johnny Negreiros

OS PASTORES DO MEC

O Estadão revelou um esquema de tráfico de influência e corrupção no MEC, o Ministério da Educação e Cultura. O caso, ainda sob investigação, envolve pastores que operavam como lobistas.

Após intermediar a liberação de verbas do FNDE (fundo para a educação básica), os pastores Gilmar Santos [foto] e Arilton Moura supostamente cobravam “comissão” de prefeitos e empresários.

O ex-ministro Milton Ribeiro afirmou que abriu as portas do MEC para a influência dos pastores a pedido do presidente Bolsonaro.

De um dos prefeitos achacados (Gilberto Braga, da cidade de Luís Domingues, no Maranhão), um dos pastores supostamente cobrou 1 kg de ouro (equivalente a mais de 300 mil reais).

Outros prefeitos em Goiás e São Paulo, além de empresários, também relataram pedidos de propina após os pastores atuarem junto ao ex-ministro Ribeiro.

Um dos empresários afirmou ao Fantástico, da TV Globo, que pagou passagens de avião e fez depósitos para pessoas ligadas aos pastores. Tudo como contrapartida a um evento com Ribeiro.

Quando o caso veio à tona, Bolsonaro afirmou que colocava a "cara no fogo" pela inocência de Ribeiro. Mas após a prisão do ex-ministro, Bolsonaro mudou de discurso... 

Bolsonaro passou a dizer que Ribeiro deve responder “pelos atos dele”. Já sobre os pastores, disse nos bastidores que eles pareciam "homens de Deus". Os pastores e Ribeiro já foram soltos.

A tensão aumentou quando vazou um grampo de conversa entre Ribeiro e sua filha, indicando que Bolsonaro preparou o ex-ministro para a operação da Polícia Federal.

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Texto e criação: Johnny Negreiros Supervisão: Cintia Alves Imagens: EBC, Divulgação/PR, Agência Senado, Tenor, Reprodução/Facebook, MEC, Agência Brasil, Reprodução/Youtube/4por4