o significado dos

orixás

POR LOURDES NASSIF

Os Orixás, na umbanda e no candomblé, receberam destaque após o desfile do Carnaval 2022, com a escola de samba vencedora no RJ, a Grande Rio, celebrando Exu.

Muito se fala, pouco se conhece e acaba que o temor toma conta. Bobagem. O candomblé, trazido pelos africanos escravizados, e a umbanda, criada no Brasil a partir da raiz africana, têm muito a ensinar.

Para começar, é hora de conhecer os Orixás da Umbanda e seu sincretismo (fusão de uma ou mais crenças religiosas em uma única doutrina). Conectar orixás e santos tornou o culto mais fácil no Brasil.

No sincretismo, Oxalá se tornou Jesus. É o criador da humanidade, sua cor é o branco e sua qualidade é a sabedoria. Pode ser cultuado como jovem, adulto e ancião.

Foto: Adeloyá Ojú Bará

Oxóssi é o orixá da caça, identificado com as matas, os animais e as plantas. Seu símbolo é o arco e flecha e, no sincretismo, é São Sebastião.

Arte: André Monteano

Xangô é o orixá da justiça e do trovão. Seu símbolo é o machado e é identificado com São Jerônimo.

Foto: Michel Reis/Notícias de Terreiro

Iemanjá é a orixá feminina das águas salgadas, a Rainha do Mar. Sua cor é o azul claro e branco. Estudiosos das religiões afro dizem que não há sincretismo; outros dizem que é Nossa Senhora.

Oxum é a orixá feminina das águas doces, ligada à maternidade, à fertilidade, à beleza e ao amor. O símbolo de Oxum é o ouro e o sincretismo é feito com Nossa Senhora da Conceição.

Ogum é o orixá guerreiro que é ligado à metalurgia, à luta e ao trabalho. Seu símbolo é a espada e o santo que o representa é São Jorge.

Iansã é a orixá dos raios, tempestades, trovões e vendavais. Seu símbolo é o raio e a representação é Santa Bárbara.

Foto: Adeloyá Ojú Bará

Exu é o orixá mensageiro, elo entre o sagrado e o mundano. Seus símbolos são o tridente ou o ogó (bastão de madeira). No sincretismo representa Santo Antônio, mas fazem associação errada com o diabo.

Foto: Adeloyá Ojú Bará

Ibeji são representados por São Cosme e Damião, os gêmeos protetores das crianças e que simbolizam o nascimento e a vida, a garantia de que sua descendência perdurará.

Foto: wolfgang-jaenicke.com

Texto: Lourdes Nassif Criação: Cintia Alves Gifs e vídeos:  Tenor/Rede Globo/videoclipe "da música "Oxum", da banda Rosa Amarela