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Mandela está em “estado crítico”, diz governo; país está “em paz” para dizer adeus, segundo jornais

Jornal GGN – Nelson Mandela, conhecido como Madiba pela maioria dos 53 milhões sul-africanos, teve uma piora no seu estado de saúde. Um comunicado divulgado pela presidência da África do Sul na noite deste domimgo (23) afirmou que seu estado é considerado crítico.

Mandela foi arquiteto da transição pacífica de seu país para a democracia multirracial de 1994, após três séculos de dominação racista. A deterioração da sua saúde, duas semanas após ser internado em estado grave com uma infecção respiratória, tem causado uma mudança perceptível nas orações que a população faz: de pedidos de recuperação para preparativos de um adeus carinhoso, afirma o site TimesLive, ligado ao jornal The Times, de Joanesburgo.

Em um comunicado, o escritório do presidente Jacob Zuma pediu à África do Sul e ao mundo para orar por Mandela “durante este momento difícil”. Segundo o jornal, há uma crescente preocupação do público sobre o prolongamento da vida de uma das figuras mais influentes do século 20.

Em entrevista a um canal de televisão, Makaziwe Mandela, filha do primeiro casamento do ex-presidente sul-africano, afirmou que reza para que a transição seja suave. Segundo Makaziwe, ele está em paz consigo mesmo.

Perguntada sobre pessoas que teriam sugerido parar o tratamento de Mandela, a filha do prêmio Nobel da Paz de 1993 afirmou que não cogita essa opção. Segundo ela, na cultura Tembu, daqual faz parte a família, uma pessoa não pode ser “desligada” a menos que peça para isso, o que Mandela não fez.

Quando deixou o cargo em 1999, após um mandato como presidente, Mandela ficou fora da política ativa do maior e mais importante economia do continente. Sua última aparição pública foi acenando para os fãs na parte de trás de um carro de golfe antes da final da Copa do Mundo de futebol no estádio Soccer City de Joanesburgo, em Julho de 2010.

Durante a sua aposentadoria, ele tem dividido o tempo entre sua casa, no rico subúrbio de Houghton em Johanesburgo, e Qunu, a aldeia na empobrecida província do Cabo Oriental, onde ele nasceu.

O último vislumbre do público dele foi um breve clipe exibido pela televisão estatal, em abril, durante uma visita à sua casa por Zuma e outros altos funcionários do Congresso Nacional Africano. No aniversário de 101 anos, do movimento de libertação que liderou a luta contra o domínio da minoria branca, Mandela assegurou ao público estava “em boa forma”, embora as imagens mostrassem um velho magro e frágil sentado em uma poltrona, segundo o Times.

Redação

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