Centrais sindicais lançam agenda da classe trabalhadora para o País

Centrais sindicais lançam agenda da classe trabalhadora para o País

por Carlos Norberto Souza

Em ato político nesta quarta (06), as lideranças das principais centrais sindicais do País lançaram documento conjunto, a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora — Democracia, soberania e desenvolvimento com justiça social: trabalho e emprego no Brasil, com 22 diretrizes que vão ser apresentadas aos candidatos à Presidência da República. Na próxima semana, o movimento sindical vai entregar o documento a parlamentares, em Brasília/DF.

Entre outras coisas, a agenda aponta para a retomada do crescimento econômico, a revogação da reforma trabalhista, da lei da terceirização e da Emenda Constitucional 95, que congelou investimentos públicos por 20 anos. Um Dia Nacional de Lutas está programado para 10 de agosto.

As propostas foram elaboradas de forma unitária pela CTB, CUT, CSB, Força Sindical, NCST, Intersindical e UGT, com a coordenação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Na apresentação da agenda, os presidentes das centrais assinaram manifesto que destaca, entre outros pontos, que “As Centrais Sindicais consideram as eleições livres e democráticas em 2018 primordiais para a construção de compromissos com a futura agenda de desenvolvimento do País, para a qual o mundo do trabalho deve ter centralidade estratégica”.

“Por isso, afirmamos, com essa Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, nossa intenção de mobilizar os trabalhadores para seu protagonismo propositivo, olhando para o futuro, enfrentando os desafios, com a responsabilidade compartilhada de construir um projeto de País e de Nação”, conclui o manifesto. Foi reafirmado compromisso com a unidade sindical para o enfrentamento da agenda neoliberal do governo Michel Temer. 

Leia a íntegra do documento >aqui<:

Com informações do DIAP e da CTB

Redação

Redação

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  • O problema atual do movimento

    O problema atual do movimento sindical brasileiro é de legitimidade.

    A contribuição, descontada automaticamente no contra-cheque do trabalhador, criou um sindicato distante da classe trabalhadora.

    O fosso é tão profundo a ponto da CGT, através do seu presidente, paulinho da farsa, apoiar o golpe de estado contra o governo dos trabalhadores e que desmontou a CLT.

    Entre outras coisas, os caras ajudaram a aprovar a reforma trabalhista, notadamente contra os trabalhadores.

    Esse é o exemplo mais ilustre.

    Arrisco dizer: 100% das lideranças sindicais ou apoiaram abertamente a destituição da presidenta legítima do país ou lhe deram as costas.

    Defeitos da Dilma à parte, o fato é que o sindicalista no Brasil é um cara que trabalha para o sistema.

    Lembra muito o cabo eleitoral de esquerda profissionalizado (muito comum dentro do PT).

    Trabalhador, no primeiro caso, e povo, no segundo, são vistos como massa de manobra, apenas.

    Quem diria que um bandido como o temer iria modernizar as relações sindicais no país, não?

    Pois é, lembra um pouco quando o homem da globo, collor de melo, abriu os mercados de informática e automobilístico.

    Muito gente achou que as empresas iriam falir, que o país seria prejudicado, os empregos iriam sumir, essas coisas..

    .. mas que nada, a abertura de mercado promoveu a competição e daí vieram a evolução tecnológica e o barateamento de computadores e carros.

    O fim da contribuição sindical vai na mesma balada, no sentido de revolucionar o setor.

    Vão ter que sair da zona de conforto.

    Como a sociedade passou por um boot, o sindicalismo é muito mal visto e a maioria dos trabalhores está precarizada (sequer tem carteira de trabalho assinada), o movimento sindical terá que ser reinventado (tal qual a política).

    Não basta voltar aos moldes do sindicato dos metalúrgicos que pariu o PT.

    Eu não sei como será esse novo formato.

    Acho que ninguém sabe, ainda..

    Prá começo de conversa, terá que convencer o trabalhador atual a dar dinheiro para o sindicato..

    .. talvez envolva conexões para mobilidade urbana, ou banco de talentos, formação profissonal, plataformas de negócio..

    .. ninguém sabe responder isso.

    Mas é preciso discutir novas relações.

    Seja como for, o fim da contribuição sindical obrigatória vai estimular o surgimento de um novo movimento sindical.

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