Já na noite de quinta-feira (06) caminhões lotados de mercadorias e ônibus trazendo acampados e assentados do Distrito Federal e Entorno começaram a chegar em Formosa, no Goiás. Os ônibus saíram das três regionais do MST DF/Entorno de madrugada trazendo famílias que prepararam, por meses, suas colheitas sem venenos e outros produtos para comercialização, e que trouxeram, também, a vontade e o espírito de militância de dialogar com a população sobre o MST.
A feira é a 2ª etapa do I Circuito de Feiras e Mostras Culturais da Reforma Agrária do Distrito Federal e Entorno e vai realizar seminários, cineclube, shows musicais e teatrais, artesanatos, comercialização de alimentos saudáveis, debates e muito mais, nos dias 7, 8 e 9 de abril. A 1ª etapa aconteceu em Planaltina, no Distrito Federal, em 6, 7 e 8 de dezembro do ano passado.
Seu Benedito, que é assentado há três anos no Dom Tomás, em Formosa, veio pela primeira vez em uma feira do Movimento. Na sua barraca, com os produtos já expostos, entre algumas vendas e clientes curiosos, Seu Benedito conseguiu nos conceder uma entrevista e disse todo feliz: “toda essa produção aqui preparei para a feira diretamente da minha terra, tudo sem veneno, os mamões, abóboras, feijão, pimenta, batata. É muito bom criar um diálogo com a população que, muitas vezes, tem medo da gente. Eu espero que essas feiras tenham continuidade para continuarmos a oferecer para o povo alimentos sem veneno”.
Ao todo, aproximadamente 30 assentamentos e acampamentos estão participando da feira. Eles vêm do Distrito Federal, do Noroeste mineiro e do Nordeste de Goiás, que caracterizam o Entorno. Da própria região de Formosa participam, aproximadamente, oito assentamentos, como é o caso do Vale da Esperança, do Água Fria, Água Viva, Morrinhos, São Francisco, Piratininga, Dom Tomás e Fartura.
De acordo com Augusto Targino, dirigente estadual do MST no DFE e assentado no Vale da Esperança em Formosa, “a feira é importante pois aproxima das pessoas a realidade da Reforma Agrária e mostra para a sociedade que o MST é o oposto do que a grande mídia coloca. Afirmam que os assentados não produzem e que a Reforma Agrária não dá certo pois não há produção. A feira está aqui para mostrar o contrário!”
Ainda segundo Augusto, 85% do alimento consumido na cidade de Formosa, que tem 115 mil habitantes, vem da pequena agricultura e dos assentamentos.
Ana Carolina, de 17 anos, moradora de Vila Verde em Formosa chegou cedo para não perder nenhuma atividade da feira e trouxe com ela sua filha de colo e seu irmão, José Inácio de 12 anos. “Minha vó disse que a praça está cheia de atividades e nós viemos aqui ver o que está acontecendo. Nós viemos cedo para ficar o dia todo! Chegamos às sete da manhã e só vamos embora oito da noite! É bom ver movimento na cidade!”
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