Fake News ameaça a democracia, dizem 81% dos brasileiros ouvidos pelo Datafolha

Jornal GGN – A ampla maioria dos brasileiros considera que espalhar Fake News contra políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) é uma ameaça à democracia. A posição foi manifestada por 81% dos entrevistados do Instituto Datafolha, divulgada na noite deste domingo (28).

Somente 17% dos consultados responderam que não ameaça à democracia e 3% não opinaram. A pesquisa ouviu 2.016 pessoas, entre os dias 23 e 24 de junho, feita por telefone, com margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Ainda, também é maioria (68%) os que acreditam que as manifestações de bolsonaristas nas ruas, pedindo o fechamento do Congresso e do Supremo, ameaçam o sistema democrático. Outros 29% ouvidos pela pesquisa responderam que não.

De forma similar foram as respostas sobre as manifestações nas redes sociais de apoiadores do mandatário pendindo o fechamento do Congresso e do STF. 66% disseram que é uma ameaça e 31% disseram que não.

Houve um empate quando o Instituto Datafolha perguntou se os brasileiros acreditam que o governo deveria tomar decisões importantes, como as relacionadas à pandemia do coronavírus, por exemplo, com base na opinião dos cidadãos ou de técnicos e especialistas. 54% opinou que deve ser ouvida a população e 42% os especialistas.

Com um enfoque diferente pelo atual cenário da pandemia, a pergunta não restringiu ou exemplificou o caso da crise sanitária do coronavírus. Entretanto, em fevereiro de 2014, por exemplo, a mesma pergunta foi feita e 83% dos consultados responderam que o governo deveria ter como base a opinião de cidadãos e não de especialistas.

Ainda, outros questionamentos de linha ética e moral foram feitos. A maioria (65%) acredita que os direitos humanos devem valer para todos incluindo criminosos, contra 32% que acha que os direitos não devem valer para estes últimos. A maioria (84%) também acredita que os movimentos sociais devem respeitar a lei para reivindicar seus direitos e (81%) que qualquer pessoa, independentemente de ser analfabeto, deve ter direito a voto nas eleições.