Comércio exterior

Rússia reage a sanções com medidas para limitar acesso do Ocidente aos seus produtos

As sanções econômicas aplicadas pelos países do Ocidente ao governo da Rússia em função da invasão da Ucrânia nos últimos dias tiveram uma primeira resposta do Kremlin nesta terça-feira (8/3), com o anúncio de uma série de medidas com o objetivo de proibir ou limitar o comércio de matérias-primas russas com países considerados hostis por este governo.

A Rússia não especificou todos os produtos cujo comércio com países do Ocidente será limitado ou totalmente bloqueado, mas deu a entender que esta informação será detalhada nos próximos dois dias.

No entanto, se especula que o principal “corte” será o do petróleo e do gás russos, que são essenciais para muitos países da Europa – a cada ano, o gasoduto Nord Stream 1 fornece cerca de 55 bilhões de metros cúbicos do produto para a Alemanha, que redistribui para outros países do bloco europeu.

Nesse sentido, a ministra de relações Exteriores da Alemanha, admitiu, em entrevista à imprensa do seu país, que as sanções expõem a dependência alemã dos produstos russos. “Um terço de nossas importações de petróleo vem da Rússia. Se pararmos agora, em poucos dias não teremos mais transportes funcionando”, afirmou.

O governo russo também anunciou uma lista de países que o Kremlin passa considerar como hostis, e que deverão ser os alvos das restrições de comércio anunciadas. Na lista constam todos os membros da União Europeia, além dos Estados Unidos, Canadá, Suíça, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Coreia do Sul, Noruega, Islândia, San Marino, Andorra, Liechtenstein, Mônaco, Montenegro, Macedônia do Norte, Albânia e a própria Ucrânia.

O Brasil não faz parte da lista de países afetados, e poderia, eventualmente, até se aproveitar dessa situação, caso as restrições ao comércio com os países da lista signifique um maior fluxo comercial brasileiro com a Rússia.

Redação

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