Às vésperas da maior crise hídrica já anunciada, Inpe poderá desligar supercomputador

Jornal GGN – O supercomputador Tupã é usado pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Com este supercomputador o Inpe coleta e trata dados meteorológicos, emite alertas climáticos e dá sustentação para pesquisas científicas na área.

Agora o Inpe se vê em dificuldades de manter o supercomputador em funcionamento pois do orçamento de R$ 76 milhões previstos, apenas R$ 44,7 milhões foram liberados. O restante do orçamento foi contingenciado sem previsão de liberação. Só o Tupã precisa de cerca de R$ 5 milhões por ano em energia elétrica.

A diretoria prevê desligamento parcial do Tupã, mas mesmo assim há o temor de que a medida cause prejuízos a pesquisas já em andamento e ao fornecimento de dados meteorológicos.

O monitoramento de queimadas pode ser prejudicado, bem como estiagens e mudanças climáticas que impactam diretamente sobre a situação hídrica e a agricultura.

O Proam (Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental) protocolou nesta segunda, dia 14, uma representação ao Ministério Público Federal e aos MPs dos estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, ao Tribunal de Contas da União e Defensorias Públicas dessas regiões.

O Instituto insta que o governo apresente um plano de contingência para prevenir maiores danos à sociedade e ao meio ambiente, por meio do Ministério das Minas e Energia e órgãos gestores dos recursos hídricos.

Pedem também medidas para garantir a continuidade do monitoramento feito pelo Inpe, em especial o funcionamento adequado do CPTEC, com monitoramento e processamento de dados produzidos pelo Tupã.

Com informações da Rede Brasil Atual.