A entrevista do “professor de Deus” revela o nível de primarismo das discussões econômicas pela mídia.
Na crise de 2008, o governo reduziu compulsório, reduziu IPI de uma série expressiva de bens de consumo, estimulou o financiamento através dos bancos públicos, promoveu compra de carteiras de bancos em dificuldades.
Agora, todo o estoque do governo consistiu em … baixar em meio ponto a taxa Selic.
O que diz esse gênio das finanças? Como a crise econômica mundial de 2011 não é tão grave quanto a de 2008, o governo não deveria ter baixado a Selic… em meio ponto.
Por que se permitem essas tolices inomináveis, de quem não consegue sequer diferenciar gradações de medidas? Porque a discussão econômica, pela mídia, precisa estar acessível a qualquer papo de botequim.
Por Nilson
Ex-diretor do BC diz que governo caminha ‘hesitante’ para abandonar o alvo da inflação, base da política econômica
Publicada em 03/09/2011 às 18h27m
Danielle Nogueira (danielle.nogueira@oglobo.com.br)
RIO – Ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central no primeiro governo Lula e ex-economista-chefe do Santander, Alexandre Schwartsman acredita que o BC foi precipitado ao cortar a taxa de juros em 0,5 ponto percentual semana passada, pois não há indícios de que a crise econômica global de 2011 seja tão grave quanto a de 2008. Ele afirma que a decisão do BC mostra que a gestão Dilma caminha “de forma hesitante” para o abandono do sistema de metas de inflação e que o tripé da política econômica (regime de metas, câmbio flutuante e superávt primário) “está capenga”. Ao permitir o descolamento entre expectativas e meta de inflação, diz, o BC joga o país num cenário de PIB fraco e inflação alta. Se o pessimismo do BC não se confirmar, os juros voltarão a subir mais cedo ou mais tarde.
O corte de 0,5 ponto percentual nos juros semana passada foi precipitada, já que a inflação acumulada em 12 meses pelo IPCA-15 está em 7,1%, acima do teto da meta?
ALEXANDRE SCHWARTSMAN: Foi precipitada, mas não por causa da inflação de 7,1%, e sim porque a decisão do BC pressupõe que vamos passar por uma queda de atividade na economia global semelhante à de 2008/2009, com vários canais de contágio para o Brasil, sendo um deles o crédito.
No que o BC se equivocou?
SCHWARTSMAN: Acho difícil que tenhamos uma recessão, mesmo que ela aconteça, tão grave. Além disso, acredito que os canais de contágio tenham se enfraquecido. Em 2008, o principal canal de contágio foram os derivativos cambiais que estavam no balanço de algumas empresas. Essas empresas passaram por algumas dificuldades e, obviamente, os bancos acabaram cortando o crédito. Esse fenômeno provavelmente estará ausente desta vez.
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