Comentário ao post “A repetição da história“
Prezado Nassif,
Discordo de sua argumentação na Coluna Econômica de hoje.
A primeira motivação para minha discordância é o fato de que há um processo forte de negociação entre o governo e setores expressivos do empresariado que vêem no PAC 1 e 2, no programa Brasil Maior, no Minha Casa Minha Vida e nas recentes medidas governamentais de estímulo ao investimento em logística e infraestrutura oportunidades estupendas de ganhos.
Não há suporte para a ruptura política exatamente por haver esse pacto de estímulo à economia que em nada arrisca o modelo de desenvolvimento capitalista. A própria expansão do crédito somada à recuperação salarial reforçam a dinâmica da expansão do mercado para assegurar o desenvolvimento capitalista, de modo que não há sentimento no empresariado de riscos ideológicos pairando sobre seus ganhos.
Em segundo lugar, o modelo político vigente é bastante diferente do modelo pré-64. Temos muitos partidos políticos atuando e além dos partidos, temos milhões de outras formas de organização da participação social, organizadas nas ONGs de toda natureza, discutindo, sob várias matrizes políticas e ideológicas, a estrutura de nossa organização social. Além disso, há uma enorme legião de pessoas envolvidas com as formas participativas de interlocução entre o governo e a sociedade que são os conselhos criados para a discussão das políticas e diretrizes setoriais. Toda essa movimentação contínua de representação social serve de escudo contra movimentos de ruptura que imponha riscos à continuidade de sua existência.
Considero estes dois aspectos determinantes para a minha avaliação de que o movimento golpista, ainda que hajam setores que o defendam, não terá fôlego para impor-se e hegemonizar a orientação da política nacional. Aliás, é o que se evidencia nos próprios números das pesquisas eleitorais.
Abraços!
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