Bancos gregos temem nova proposta de acordo

Por Paulo F.

Do publico.pt

Bancos querem perdão à dívida grega baseado no pré-acordo de Outubro

Por  Pedro  Crisóstomo 

Depois da notícia de que a Alemanha estuda uma proposta para um perdão maior à dívida grega, os credores privados de Atenas vêm agora pressionar para as negociações serem concluídas dentro de dias e de acordo com os termos do perdão definidos em Outubro.


Cimeira de Outubro estabeleceu um perdão de cerca de 100 mil milhões de euros
(Foto: Yves Herman/Reuters)

A urgência quanto à conclusão das negociações é sublinhada pelo Instituto de Finança Internacional (IFF, na sigla inglesa) num comunicado onde a instituição representante dos credores privados da Grécia diz que “foram realizados progressos nos últimos dias” sobre o perdão à dívida helénica.

Para os privados, é essencial que um acordo “seja concluído nos próximos dias com base nos termos e parâmetros acordados em Bruxelas a 26 e 27 de Outubro”.

Segundo uma transcrição parcial do comunicado que a agência Dow Jones cita, a instituição não se refere à notícia ontem veiculada pelo site grego Euro2day.gr e pela Reuters dando conta de que o Governo de Berlim terá em mãos uma proposta para o perdão chegar 75%, mais do que os 50% estabelecidos em Outubro.

O IFF também não faz qualquer referência ao perdão de 50%. Mas, ao lembrar as decisões que saíram da cimeira europeia de Outubro, deixa claro que é sua condição para fechar as negociações a redução ser feita nos termos em que os dirigentes conseguiram arrancar um pré-acordo naquela cimeira.

O perdão estabelecido nessa altura foi para um abate de cerca de 100 mil milhões de euros nos empréstimos feitos ao Estado grego, o que equivale à estimativa dos 50%. A contrapartida prevê para os credores privados garantias no valor de 30 mil milhões de euros, financiadas pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira, segundo as linhas gerais conseguidas ao fim de intensas negociações entre os dirigentes europeus e os representantes do IFF.

A informação ontem a circular de que o Governo de Angela Merkel tem uma proposta para um perdão maior não foi desmentido pelo executivo, que se limitou a comentar que um acordo está próximo.