Confiança e consumo: a importância do varejo para a retomada da economia

Jornal GGN – O varejo é uma das áreas fundamentais para avaliar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) no curto prazo. Apesar do pessimismo, essa não é a pior crise que o país já passou. O setor varejista enfrentou, em 2001, 2002 e 2003, três anos de crescimento negativo.

A principal diferença dessa crise para as do passado é que o segmento está muito mais maduro e as empresas muito mais robustas. O varejo está mais formal e mais profissional.

A partir de 2013 se inaugurou um novo ciclo para o setor. A década do aumento de renda, formalização do emprego e inclusão ao consumo – que serviu para catapultar as atividades dos varejistas – acabou.

O processo de desaquecimento e desaceleração em 2015 era inevitável, mas foi muito brusco. A gestão econômica desastrada e a deterioração de expectativas do ambiente político fizeram despencar a confiança.

Essa é a opinião de Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail, que concedeu entrevista ao jornalista Luis Nassif para o Jornal GGN.

Ele explicou que a confiança no Brasil não afeta apenas o investidor de longo prazo, mas também os consumidores. “Mesmo bens semiduráveis. Se consome quase tudo a crédito”, argumentou.

Para Serrentino, qualquer perspectiva favorável para o ano que vem depende da estabilização do ambiente político. Mesmo assim, ele acredita que a pressão inflacionária deve ser menor no ano que vem. “Toda a pancada foi este ano, que foi o ano de tarifas públicas e desvalorização cambial”.

Ele também enxerga um ciclo de retomada da indústria, que pode ajudar o consumo. “Quem está próximo do varejo antevê isso. Que é um movimento de redirecionamento de sourcing das empresas”.

Abaixo, a íntegra da entrevista, realizada em São Paulo na última terça-feira (24):

https://www.youtube.com/watch?v=35DkjOy9-7g width:700 height:394

Redação

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  • Contrariando os "pesadelistas

    Contrariando os "pesadelistas de plantão", a nova classe continua bombando nas filas dos supermercados.  Conforme o autor do texto reconhece, quem alavancou e continua alavancando a economia, é aquêle pequeno consumidor, alçado da miséria pelos programas inclusivos, cujos efeitos estão longe de esgotarar-se, ao contrario do que afirma..

    • Fracasso ? Tá claro que vc não é do varejo

      Não vou ironizar, vou direto... Este ano consolidou o BF, se tornou a data mais forte do varejo brasileiro. Apesar do fracasso e incompetência de nossos políticos (de todos os partidos) e mídia que luta para destruir Pais em nome de interesses "próprios". O Black Friday foi um sucesso e minimizou o desastre do ano péssimo. Até ambulante tava fazendo promoção  BF. Dados reais, empresa X vendeu no final de semana (Sexta, Sábado e domingo) 4 vezes mais que a média diária no seu e commerce. Nas lojas físicas dobrou a média de vendA para o mesmo período. Se comparando com o ano passado que já tinha sido bom, cresceu 25% das vendas. Comparando com um ano que vinha com crescimento 0. Pode se dizer que o BF SALVOU o ano. Aliança liberal não fale do que vc não conhece ou vive. Shopping Higienópolis domingo , conversa de Madames no elevador: - crise? - não tinha nem vaga no estacionamento. - Imagina se não tivesse crise, estes loucos estariam quebrando as vitrines para pegar os produtos. - que loucura, que movimento.

        • Estamos falando de BF

          Pq mudou o tema para enfeites de Natal, seja inteligente...a BF não foi fracasso. Que o varejo tá ruim este ano, isto é fato, mas, o BF FOI UM SUCESSO. Sem censura, mas, não fale de assuntos que não conhece, assim diminui suas chances de falar besteira.

    • Para o revoltadinho online

      Que perdeu sua boquinha no PSDB quando foi chutado pelo PT da prefeitura no RS. 

      Apesar do pessimismo, essa não é a pior crise que o país já passou. O setor varejista enfrentou, em 2001, 2002 e 2003, três anos de crescimento negativo Você bateram recorde de miséria e rouibalheira. O premio é de voces tucanos.

  • Varejo do que?

    Nassif, a intenção da sua entrevista me pareceu boa e o Alberto com algum conhecimento da área não fugiu de lhe responder. O problema é que parece que vocês estavam conversando sobre o assunto e já haviam concordado em determinados pontos e a conversa se resumiu a uma rememorização do que já havia sido dito, assim, nós que assistimos ao vídeo, pelo menos eu, fiquei com a impressão que a conversa ficou pela metade.

    Mas vamos aos pontos do varejo que me parecem relevantes:

    Primeiro, comércio que realmente da dinheiro e poder é o de dinheiro. Quem negocia dinheiro e não é perseguido e não é declarado um Nazista Terrorista Anti-Semita, como os bancos e instituições financeiras que operam sobre a asas dos Bancos Centrais e do BIS, realmente só lucram em suas operações. Isto porque o dinheiro e o crédito que entra em circulação está lastreado por contratos impossíveis e eles tomam cuidado de não ficar na ponta insolvente.

    Bidu, por isto que no primeiro soluço de dificuldades os bancos param de emprestar. O deles está garantido, fazem a peneira dos inadimplentes e tiram os que não lhes convém do mercado e colocam seus apaniguados nas suas firmas. O Alberto fala isto claramente, talvez sem se dar conta das implicações por trás de sua declaração, que os grandes varejistas do Brasil estão de uma forma ou de outra ligados a bancos e instituições financeiras.

    Ele me parece um analista ligado às 6 (seis) ações de varejo que estão na bovespa, para estas, as regras de contabilidade são robustas, mas em compensação são os varejos mais chatos e sem novidades que existem, principalmente no meu ramo de vestuáio, onde vendem um enlatado que vêm das matrizes estrangeiras ou coligadas, qualquer um que tenha uma filha adolescente já percebeu que o que vende na Zara da Europa, ou na Forever 21 irá aparecer igualzinho aqui no Brasil, com as mesmas padronages e modelos nas lojas de departamento daqui. Não mudam nem um fio.

    Por outro lado, existe um terceiro varejo que não foi abordado na entrevista, mas que me parece muito mais significativo para o Brasil na atual quadra, o das ruas e camelôs, que empregam a grande massa de brasileiros que não conseguem um emprego regular com carteira assinada, um comércio que mesmo na crise atual cresce, com menos velocidade e artigos de menos qualidade, mas mesmo assim cresce, este mereceria um olhar carinhoso das autoridades, pois é onde a grande leva de desempregados irá buscar sua última esperança.

     

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