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Indústria fecha primeiros cinco meses do ano com queda de 1,6%

A produção industrial brasileira fechou o mês de maio com queda de 0,6%, em relação ao mês de abril, na série livre de influências sazonais, registrando a terceira taxa negativa consecutiva nesta base de comparação e passando a acumular de janeiro a maio retração de 1,6%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Brasil, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa indica que na comparação com o mês de maio do ano passado, a retração da indústria do país é ainda maior: -3,2%. No acumulado dos últimos 12 meses (taxa anualizada), a indústria apresenta o único resultado positivo: ligeira alta de 0,2%; com a média móvel trimestral fechando também negativa em 0,5%.
A queda de 0,6% de abril para maio reflete o predomínio de resultados negativos na indústria, com queda na produção de 15 dos 24 ramos pesquisados, de abril para maio e em três das quatro grandes categorias econômicas.
Segundo o IBGE, entre as atividades, as principais influências negativas foram registradas pelos itens coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,8%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,9%). No primeiro caso, a retração elimina parte do avanço de 6,2% assinalado entre fevereiro e abril e, no segundo, verifica-se o terceiro recuo consecutivo, acumulando redução de 10,8% no período.
Outras contribuições negativas importantes vieram da menor fabricação de metalurgia (-4,0%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-5,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,1%), móveis (-4,4%) e produtos de borracha e de material plástico (-1,4%).
Entre os oito ramos que ampliaram a produção, os principais desempenhos ocorreram em indústrias extrativas (1,4%), produtos alimentícios (1,0%) e produtos do fumo (18,5%). Com exceção do primeiro setor, estável no mês anterior, os demais haviam apontado expansão na produção em abril: 2,5% e 10%, respectivamente.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis, ao recuar 3,6%, assinalou a queda mais acentuada em maio de 2014 e a terceira taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto, acumulando no período perda de 9,5%.
O segmento de bens de capital (-2,6%), que também mostrou recuo mais intenso que o total da indústria (-0,6%), apontou o terceiro mês seguido de queda, com perda acumulada de 7,5% no período, enquanto o setor produtor de bens intermediários, com redução de 0,9%, acentuou o ritmo de queda na comparação com o resultado do mês anterior (-0,2%). O segmento de bens de consumo semi e não duráveis (1,0%) foi o único que registrou avanço na produção em maio e manteve o comportamento predominantemente positivo em 2014.
Quando comparado a maio do ano passado, o recuo de 3,2% registrado em maio deste ano mostra, segundo o IBGE, o predomínio de resultados negativos, com três das quatro grandes categorias econômicas e 18 dos 26 ramos apontaram recuo na produção.
Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,1%) exerceu a maior influência negativa, pressionada pela menor fabricação de automóveis, de caminhão-trator para reboques e semirreboques, de caminhões, de autopeças e de veículos para transporte de mercadorias.
Outras contribuições negativas vieram de metalurgia (-10,5%), produtos de metal (-9,5%), outros produtos químicos (-5,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,4%), máquinas e equipamentos (-3,1%), impressão e reprodução de gravações (-13,4%) e produtos de borracha e de material plástico (-3,6%).
Já entre as oito atividades que aumentaram a produção, os principais impactos foram em indústrias extrativas (7,6%), produtos alimentícios (2,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (7,8%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,1%).
O setor de bens de capital, ao recuar 9,7% em maio de 2014, assinalou o terceiro mês seguido de resultado negativo nesse tipo de comparação. O segmento foi influenciado pelo recuo na maior parte dos seus grupamentos, com destaque para a redução de 18,1% de bens de capital para equipamentos de transporte, pressionado pela menor fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias.
O setor produtor de bens de consumo duráveis recuou 11,2% no índice mensal de maio de 2014 e apontou também o terceiro resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação. Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-21,1%). Também houve impactos negativos relevantes em móveis (-9,1%), outros eletrodomésticos (-8,1%) e motocicletas (-5,2%).
Já o segmento de bens intermediários, ao recuar 2,8%, registrou a segunda taxa negativa consecutiva no índice mensal, desempenho influenciado pelos recuos nos produtos associados às atividades de metalurgia (-10,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-15,1%), produtos de metal (-11,6%),  e outros produtos químicos (-5,7%).
Redação

Redação

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  • Isso é coisa sanzonal que

    Isso é coisa sanzonal que todo economista , por mais babaca que seja,   sabe, Nem tem o que ser notícia

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