Jornal GGN – O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 1,7 ponto em maio, ao passar de 77,5 para 79,2 pontos, registrando assim seu maior resultado desde março de 2015, segundo levantamento elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O aumento foi registrado nos dois horizontes de tempo da pesquisa. O Índice de Expectativas (IE) subiu 2,6 pontos, para 78,2 pontos, e o Índice da Situação Atual (ISA) cresceu 0,7 ponto, para 80,5 pontos. Ambos registraram o maior patamar desde março de 2015.
A maior contribuição para a alta do índice de expectativas veio do indicador de perspectivas para a produção nos três meses seguintes. Após atingir o mínimo histórico em março, o indicador sobe pelo segundo mês consecutivo (5,1 pontos em maio), para 83,7 pontos. O percentual de empresas prevendo reduzir a produção nos meses seguintes em relação aos três meses anteriores caiu de 32,5% para 28,7%, enquanto a parcela de empresas que espera aumentar a produção manteve-se estável em 23,4%.
De acordo com o levantamento, a melhora das avaliações sobre a situação dos negócios foi a principal causa da alta do ISA no mês. Com a segunda alta consecutiva, o indicador atingiu 76,8 pontos, 1,4 ponto acima do observado no mês anterior. A recente melhora da percepção sobre a demanda interna também é destaque em maio: o indicador subiu 1,5 ponto, para 77,3 pontos, na terceira alta consecutiva.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) diminuiu 0,5 ponto percentual (p.p.) entre abril e maio, para 73,8%. A queda devolve parte da alta do mês anterior, fazendo com que o NUCI feche apenas 0,2 p.p. acima do mínimo histórico registrado em fevereiro passado.
“Após a terceira alta consecutiva, a confiança industrial se distancia do mínimo histórico de agosto passado. O setor já realizou parte do ajuste de estoques e percebe diminuição do ritmo de queda da demanda. Mas, apesar da redução do pessimismo nos dois últimos meses, há ainda muita incerteza, como as relacionadas ao potencial de crescimento do consumo interno e ao ambiente político”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE, em nota
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