Jornal GGN – As instituições consultadas pelo Banco Central (BC) acreditam que a taxa oficial de inflação projetada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) deve atingir 9,99% em 2015 (ante 9,91% na próxima semana), segundo dados divulgados pelo relatório Focus. Esse foi o oitavo ajuste seguido na estimativa. Para 2016, a projeção sobe por 14 semanas consecutivas, de 6,29% para 6,47%.
A projeção para o próximo ano está chegando perto do teto da meta de 6,5%. O centro da meta de inflação é de 4,5%. Anteriormente, o BC esperava chegar ao centro da meta de inflação no próximo ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a expectativa mudou para 2017. Na ata da última reunião do Copom, a autoridade monetária diz que as indefinições e alterações na meta fiscal mudam as expectativas para a inflação e criam uma percepção negativa sobre o ambiente econômico.
Para tentar levar a inflação ao centro da meta em 2016, o Copom elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes consecutivas. Na reunião de setembro e de outubro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano. A expectativa das instituições financeiras é que a taxa Selic siga em 14,25% ao ano, na última reunião de 2015, marcada para os dias 24 e 25 deste mês. Para o final de 2016, a expectativa para a Selic passou de 13% para 13,25% ao ano.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 10,14% para 10,44%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa subiu de 9,88% para 9,96%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi alterada de 10,02% para 10,16%, este ano. A projeção para a alta dos preços administrados passou de 16,50% para 17%, este ano, e de 6,75% para 6,95%, em 2016.
Uma taxa de inflação mais alta acaba por ser acompanhada de recessão. De acordo com o relatório, a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) deve encolher 3,10%, a 17ª piora consecutiva na estimativa para a queda do índice. Na semana passada, a estimativa estava em 3,05%. No próximo ano, a projeção de retração passou de 1,51% para 1,9%, no quinto ajuste consecutivo.
Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 7,4% este ano, e a variação para 2016 foi mantida em -2%. Já a variação para a balança comercial ao fim deste ano passou de US$ 14 bilhões para US$ 14,60 bilhões, e a estimativa para 2016 subiu de US$ 26,30 bilhões para US$ 29 bilhões.
A estimativa para o dólar foi mantida em R$ 4 pela quinta semana consecutiva, enquanto a média do período seguiu em R$ 3,40 ao final deste ano. Os números para 2016 foram mantidos em R$ 4,20 pela segunda semana (média estável em R$ 4,11).
O déficit em conta corrente para o fim de 2015 foi mantido em -US$ 65 bilhões pela terceira semana seguida, e o total para 2016 passou de -US$ 46,35 bilhões para -US$ 42,55 bilhões. A relação da dívida líquida do setor público com o PIB ao fim de 2015 foi mantido em 35,80%, e a variação para o próximo ano subiu pela segunda semana, de 39,30% para 39,60%.
O volume de investimento estrangeiro direto perdeu força, e os dados estimados para o fim deste ano passaram de US$ 64,65 bilhões para US$ 62,30 bilhões, e o total para 2016 seguiu em US$ 60 bilhões pela quarta semana consecutiva.
O percentual projetado para os preços administrados subiu pela terceira semana seguida, de 16,50% para 17%, e o ajuste projetado para 2016 subiu pela oitava semana, de 6,75% para 6,95%.
(Com Agência Brasil)
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