Celso Ming, que é um sujeito batuta, volta ao tema do fundo de exportação proposto pelo Luiz Carlos Bresser-Pereira, corrigindo a idéia de confisco, que exprimiu no seu artigo anterior. Belo gesto.
Conforme explica em seu artigo, haveria uma compensação entre a parte do fundo e a desvalorização do real, de maneira a impedir a redução dos ganhos do exportador. Com base nesse entendimento, Ming faz três ressalvas à idéia do fundo, que mostro, com meus comentários sublinhados:
“1) Se teria aplicação só depois que o governo conseguisse desvalorizar o real, conclui-se que não viria para corrigir o câmbio; apenas para mantê-lo. O governo que trate de buscar o equilíbrio cambial de outra maneira”.
Obviamente não é isso. A intenção do fundo é não só evitar a apreciação do real como promover a sua desvalorização. Mesmo se fosse só para manter o câmbio parado seria um enorme alívio, em um momento em que força nenhuma (no quadro atual) parece capaz de deter a derrocada do dólar.
“(2) Como a pauta brasileira de exportações é diversificada, para que tivesse alguma densidade, o imposto teria de alcançar uma gama enorme de produtos. Não é como o petróleo na Rússia ou o cobre no Chile. Por isso, exigiria uma administração complicada”.
O fundo só pegaria produtos commoditizados, com cotação internacional. São cinco ou seis que respondem pelo maior volume de exportação e que estejam passando por um boom de cotações. A pauta dos primários ou semi-manufaturados commoditizados é muito simples e a administração mais simples ainda porque baseada em cotações internacionais.
“(3) como estaria sujeito a um punhado de variáveis, esse imposto lembra um pouco a complexidade da banda diagonal endógena, que o economista Chico Lopes propôs para o câmbio em 1999”.
Pelas razões expostas acima, essa ressalva fica prejudicada.
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É isso.
É isso.
Claro!
Claro!
Numa economia já altamente
Numa economia já altamente onerada pelos tributos que em cadeia aumenta o preço final dos produtos,acho que a proposta do ex-min.Bresser(é interessante como todo ex-ministro neste país,vira um expert nos assuntos,nos quais no exercício das suas funções, falhara,já viram isto?)seria contraproducente,e a gritaria dos exportadores aumentaria,podem acreditar!Por falar em exportação x importação,é lamentável ler nos jornais,como saiu na Folha de hoje,que enquanto as nossas siderúrgicas estão exportando o aço com o dólar nestas cotações atuais,a Fiat está tendo que comprar na Coreia,o aço necessário para não prejudicar sua produção.Tem lógica isto?porque não abastecemos inicialmente a nossa indústria,aproveitando que o dólar está em baixa,e que os nossos empresários que lidam com aço,estão operando quase na sua total capacidade produtiva,e esqueçamos por um tempo,que os bons negócios,nem sempre estão lá fora.Se focarmos esta realidade,sairemos das reclamações contar o real supervalorizado,e aprenderemos a sermos criativos.
Incrível, A proposta é pra
Incrível, A proposta é pra ajudar quem já está bem... pq é mais fácil
Parece a estória do cara que perdeu a carteira na rua, mas procura dentro de casa onde tem mais luz
0,75 ou 1 seria a pancada
0,75 ou 1 seria a pancada psicológica para reverter essa loucura.
a importância da proposta do
a importância da proposta do Bresser-Pereira é muito mais ilustrar a infinidade de opções para superar uma rendição incondicional ao mercado.
é um exemplo contudente de como um imposto - que deveria ser prejudicial aos exportadores, num raciocínio de cartilha - acaba trazendo vantagens, não apenas para os próprios exportadores, como para toda a economia.
as forças políticas e econômicas pensam e atuam com foco obtuso, movidas por interesses corporativos e sem amplitude estratégica global.
o que os exportadores querem? exportar mais e melhor com uma taxa de câmbio competitiva. pois é possível terem isto através de um caminho aparentemente contraditório: um imposto, uma tributação - que provoca o efeito inverso de uma primeira análise apressada e obtusa.
o que os investidores querem? rentabilidade. podem conseguí-la com títulos públicos, asfixiando a economia com uma dívida interna crescente que suga recursos da produção. ou podem financiar produção e consumo, via ativos modelados neste sentido. quanto mais se produzir e se consumir, maior a rentabilidade.
Amplie o prazo de análise
Amplie o prazo de análise para 36 meses.
O ponto central é a paridade
O ponto central é a paridade entre o real e a moeda chinesa. É a China quem compete com produtos brasileiros nos EUA, na Europa e na América Latina.
Como vai sobretaxar o produto
Como vai sobretaxar o produto chinês na Europa? A única defesa possível é um câmbio mais competitivo.
Olá, Nassif, esfriou aí?
Só
Olá, Nassif, esfriou aí?
Só um detalhe. De praxe, sseus textos tem um título. Porém, alguns, como este, o título não aparece ou desaparece, ficando a aparência meio esquisita. É coisa do programinha velho?
Abraço