Categories: Economia

Receita corrige absurdo histórico

Por Filipe Ferreira Mazzini

Sensacional!!!

Até que enfim o governo decidiu corrigir, pelo menos em parte, a distorção na tributação de investidores estrangeiros em ações e títulos públicos no Brasil. Conforme notícia do Estadão, empresas com origem em paraíso fiscal perdem a isenção de imposto de renda em aplicações em açoes e títulos públicos e passam a pagar a mesma alíquota que os contribuintes residentes no Brasil. A medida, além de desistimular o uso de paraísos fiscais, pode contribuir para uma desvalorização do Real, a medida em que torna menos atrativa estas aplicações financeiras para este grupo de estrangeiros.

Para ser mais equanime, só falta o governo tributar todos os investidores estrangeiros da mesma forma com que tributa os investidores domésticos.

Nassif, sinal de correção do câmbio no ar!

Segue a matéria…

Receita corta benefício para empresas de paraíso fiscal

As empresas que atuam no Brasil, mas que têm origem em países enquadrados como paraíso fiscal, perderam o benefício fiscal para operar no mercado financeiro brasileiro. Segundo Instrução Normativa nº 1.043, da Receita Federal, publicada hoje no Diário Oficial, as aplicações dessas empresas em ações e títulos públicos, que tinham isenção de Imposto de Renda (IR), agora passam a ser tributadas à alíquota de 15% no caso de ações e de 22,5% a 15%, dependendo do prazo, no caso de títulos públicos. Neste segundo caso, a cobrança do IR ocorrerá sobre os rendimentos obtidos a partir do dia 7 de junho, ficando os rendimentos obtidos antes desse dia livres da tributação. No caso de ações, a cobrança do IR será feita no momento da venda do papel e sobre todo o ganho obtido na operação.

Além de ações e títulos públicos, os Fundos de Investimento em Participação (FIP) e os Fundos de Investimento em Empresas Emergentes (FIEE) também deixam de ser isentos de IR e passam a ter tributação de 15%. Os fundos de ações, que tinham tributação de 10%, passam a ser taxados com alíquota de IR de 15%. E as demais aplicações, que tinham taxação de 15%, passam a pagar IR de 22,5% a 15%, conforme o prazo.

Segundo o subsecretário de tributação da Receita, Sandro Serpa, trata-se de uma equalização da situação das empresas com origem em paraísos fiscais com a de contribuintes residentes no Brasil.

Na semana passada, a Receita incluiu 14 países, entre eles a Suíça, em uma lista de chamados “paraísos fiscais”. São considerados paraísos fiscais aqueles países que têm tributação de renda inferior a 20% e ou trabalham com sigilo societário. 

Luis Nassif

Luis Nassif

Recent Posts

Moody’s muda perspectiva da nota de crédito soberano do Brasil

Agência coloca prognóstico em patamar positivo; caso mudança de nota de crédito se confirme, país…

10 horas ago

“Cuidar da floresta é mais rentável que derrubar árvores”, afirma Lula

Presidente fala sobre temas que interessam ao Brasil e ao Japão às vésperas da visita…

11 horas ago

Presidente Lula sanciona mudanças na tabela do Imposto de Renda

Isenção tributária chega a quem recebe até dois salários mínimos no mês; em SP, presidente…

11 horas ago

Estratégia federal vai aumentar uso da bactéria wolbachia contra a dengue

Soltura de mosquitos infectados está programada para ocorrer em julho; objetivo é reduzir casos a…

12 horas ago

Sindicatos seguem em luta contra privatização da Sabesp

Vereadores discutem mudar legislação para que capital paulista seja inclusa no plano de venda da…

13 horas ago

Em defesa prévia, Moro diz que CNJ está gastando “dinheiro público inutilmente” para investigar seus abusos

Trabalho da Corregedoria do CNJ pode abrir caminho para ação na esfera penal contra o…

13 horas ago