Categories: Economia

Sucesso do leilão de energia desmente insegurança jurídica

Atualizado às 22:48

Do Estadão/Reuters

Atenção: a matéria anterior vinha com cabeçalho com data de ontem, mas, na verdade, era de 2009. Aqui, as matérias originais do leilão:

Leilão de energia A-5 termina com média de R$ 91,25/MWh

14 de dezembro de 2012 | 16h 41
WELLINGTON BAHNEMANN – Agencia Estado

SÃO PAULO – O leilão de energia nova que contratou a demanda do mercado cativo em 2017 (A-5), o primeiro grande teste do setor elétrico após a assinatura dos novos contratos de concessão, foi encerrado. O volume de energia contratado na licitação foi de 66,18 milhões MWh, movimentando R$ 6,038 bilhões. O preço médio final foi de R$ 91,25/MWh, deságio de 18,52%. Foram contratadas as ofertas de 12 usinas, totalizando 574,3 MW de capacidade instalada.

Segundo as informações disponibilizadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o preço mais alto de venda foi de R$ 95,31/MWh, da usina Cachoeira Caldeirão, cuja concessão foi arrematada pela EDP. Já o valor mais baixo do certame foi de R$ 82/MWh da expansão da hidrelétrica Santo Antonio do Jari, pertencente também à EDP. Foram contratadas a oferta de 10 usinas eólicas, totalizando 281,9 MW de capacidade instalada, e duas usinas hidrelétricas, somando 292,4 MW. A energia assegurada dos 12 projetos é de 303,5 MW médios.

Destaque nesse leilão foi o desempenho das usinas eólicas, cujo preço de venda da energia variou entre R$ 87,77/MWh (sete usinas da Bioenergy no Maranhão) e R$ 89,20/MWh da empresa EGP – Serra Azul. O preço médio para a fonte eólica foi de R$ 87,94/MWh, o preço mais baixo nas histórias dos leilões de energia já organizados pelo governo para esta fonte. O recorde anterior era de R$ 99,54/MWh do leilão de energia de reserva de 2009. O preço médio de venda da fonte hidrelétrica foi de R$ 87,94/MWh. O preço-teto do certame era R$ 112/MWh.

No lado dos compradores, a Copel Distribuição foi a que contratou o maior de volume de energia, 8,776 milhões de MWh. A segunda maior compradora foi a Celg, com 7,899 milhões de MWh, seguida pela RGE, comercializando 6,591 milhões de MWh. Os contratos de eólica terão duração de 20 anos, começando em janeiro de 2017, enquanto que os contratos das hidrelétricas terão duração de 30 anos, também começando em janeiro de 2017.

Leilão de energia tem pouca demanda

15 de dezembro de 2012 | 10h 49

EQUIPE AE – Agencia Estado

SÃO PAULO – O primeiro leilão de energia após a Medida Provisória n.º 579 – de renovação das concessões – foi morno. Dos 525 empreendimentos habilitados pela Empresa de Planejamento Energético (EPE), só 12 foram contratados, num total de 574,3 megawatts (MW) de capacidade. Mas o motivo do baixo volume de contratação não pode ser entendido como uma retração do investidor. O que houve foi uma demanda menor das distribuidoras, que estão sobrecontratadas.

O volume de energia negociado somou R$ 6,04 bilhões e o preço médio ficou em R$ 91,25 o MWh, com deságio de 18,52%. “Tivemos usinas eólicas, termoelétricas a gás e usinas a biomassa disputando até o final do leilão”, afirmou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, destacando que esse fato gera uma tranquilidade ao governo federal de realizar novas licitações já no começo de 2013. Na disputa de ontem, foram contratadas duas hidrelétricas (292,4 MW) e 10 centrais eólicas (281,9 MW) – todos os negócios foram fechados com empresas privadas.

O preço médio de venda da fonte hidrelétrica foi de R$ 87,94 o MWh. Mas o destaque do leilão novamente foram as usinas eólicas, cujo preço de venda da energia surpreendeu mais uma vez: variou entre R$ 87,77 e R$ 89,20 o MWh. O recorde anterior era de R$ 99,54 o MWh do leilão de energia de reserva de 2009. A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo, ficou preocupada com o resultado. “Qualquer expectativa pessimista não conseguiria prever uma demanda tão baixa.”

Três fatores explicam essa procura menor que o previsto. Primeiro porque as concessionárias têm energia contratada acima do que está sendo consumido pelo mercado nacional. O segundo ponto está associado ao baixo crescimento econômico – o que afeta as projeções de demanda das distribuidoras. Por último, tem o efeito da MP 579. Cada concessionária vai receber uma cota, mas elas ainda não sabem qual é, explica Elbia.

“A oferta foi 28 vezes superior à demanda. Isso só poderia levar a um preço muito baixo.” Na avaliação dela, é difícil imaginar que uma parque eólico a R$ 87,87 o MWh consiga remunerar os investimentos. O preço praticado no leilão de dezembro, de R$ 105 o MWh, corrigido pela inflação e com a nova taxa de câmbio, hoje representa R$ 121 o MWh, diz ela. “Isso nos leva a uma preocupação muito grande.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Luis Nassif

Luis Nassif

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