Alvo de críticas do governo Lula e estagnada em 13,75% desde dezembro, a taxa de básica de juros da economia, a Selic, poderia ser 6% ao ano, na avaliação de Luiz Cézar Fernandes, fundador dos bancos Garantia e Pactual, entrevistado do programa Nova Economia, da TV GGN.
A redução dos juros não traria problemas para a economia ou mesmo aumento da inflação porque empresas e famílias estão endividadas e/ou descapitalizadas e, assim, não conseguiriam consumir.
“Se você pegar 90% das indústrias cotadas em bolsa de valores, nenhuma tem capital de giro para tocar. Estão todas descapitalizadas. Como é que vou aumentar a minha oferta se não tenho capital de giro para produzir mais? Não tem possibilidade, não teria inflação de jeito nenhum.”
Luiz Cézar Fernandes
Para segurar a economia caso a taxa de juros caísse para 6%, Fernandes defende ainda um “socorro velado” aos bancos, comprando títulos da curva de juros, a fim de evitar que o sistema bancário quebre.
Enquanto o número de inadimplentes passou a casa dos 70 milhões em janeiro, a solução para reduzir este montante e trazer estas pessoas de volta para o ciclo de crédito está na melhora da economia.
O desafio da equipe econômica, de acordo com o especialista, é viabilizar o aumento de renda, pois ainda que o número de empregos criados cresça, o volume de endividados que não conseguem pagar suas dívidas só cairá quando houver aumento de renda da população.
“A inadimplência vai ser longa, vai varar 2024, talvez em 2025 as famílias diminuam a inadimplência”, pontua Fernandes.
Mas a crise do crédito que atinge o mercado não se resume às conduções recentes da economia. Para Luiz Fernandes, a responsabilidade sobre a restrição de empréstimos dos bancos é do varejo. “100% da crise do crédito é culpa das Americanas. Os grandes bancos estavam no limite permitido para dar dinheiro às Lojas Americanas.”
Confira a participação de Luiz Cézar Fernandes na íntegra na TV GGN.
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Isso aí não é possível: os títulos do tesouro dever dar retorno real de pelo menos 3 a 4 por cento para ser interessante e competir com títulos do tesouro americano, por exemplo, mais a inflação , que aqui, foi de menos de 5 por cento: ficaria , então,entre 8 e 9 a Selic; pagar 13,75 é exagerado com 8 e pouco de retorno: a questão da retomada econômica passa por outros canais ; o nível do custo..!
Segundo os Culunistas dos Jornalões e o Presidanta do BC, se a taxa de juros fosse reduzida a 6%, a inflação mais do que dobraria. Taxa de juros e inflação são grandezas inversamente proporcionais, segundo esses jênios.
Dose é ter gente que ainda prega o dogma que pra inflação cair se faz necessário baixar custos......Depois de todas as reformas feitas pelos governos neoliberais de Temer e bozo, vai tirar custo mais da onde? Baixar os salários? Ah sim, diminui mais os impostos que a produção privada voa para o infinito e além....Isso não faz lembrar do segundo governo Dilma?
O que se pode esperar da administração de um banco de sangue, se os seu administradores são VAMPIROS? Ora se a administração do Banco Central é feita por pessoas oriundas do mercado financeiro, usam informações do mercado financeiro e vão fazer revezamento com outros adminstradores do mercado financeiro e acreditam que a única forma de combater a inflação é aumentar os juros? Advinhem qual é o resultado de tudo isso?