Jornal GGN – A volatilidade foi uma das principais características da economia brasileira em 2013. Essa é uma das conclusões da Carta de Conjuntura nº 21, lançada na quinta-feira (19) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) no Rio de Janeiro. “A indústria e até mesmo o varejo apresentaram oscilações muito fortes. Acima do normal. Por isso, todas as taxas e informações devem ser analisadas com cautela”, apontou Fernando Ribeiro, Coordenador de Conjuntura do instituto.
O documento destaca ainda que os números mais recentes da economia brasileira vêm corroborando o cenário traçado nas últimas análises do Ipea, segundo o qual o crescimento reduziria seu fôlego no segundo semestre de 2013, por conta da desaceleração dos investimentos e da manutenção de um aumento moderado no consumo das famílias. De acordo com a carta, o recuo do PIB (Produto Interno Bruto), que apresentou no terceiro trimestre desse ano uma queda de 0,5%, já era esperado, uma vez que o segundo trimestre marcara uma taxa inesperada de 1,8%.
A taxa de desemprego permaneceu no nível mais baixo da história. Para Ribeiro, os patamares atuais são explicados pela desaceleração do crescimento da PEA (População Economicamente Ativa).
Em relação ao comércio exterior, o estudo aponta um mercado mais equilibrado para o próximo ano. A estabilização da China, a saída da Europa do período de recessão e a força do setor privado norte-americano indicam que a situação da economia mundial tende a melhorar, ainda que na América Latina existam países com dificuldades, como a Argentina. “Para o Brasil, foi um ano ruim nas exportações, mas a tendência é positiva e já há indicações de melhora à frente”, afirmou.
A publicação trimestral do Ipea analisa a evolução da conjuntura econômica brasileira por meio de seus principais indicadores: atividade econômica, mercado de trabalho, inflação, setor externo, moeda e crédito, finanças públicas e economia mundial.
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